quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Milionário quebrado tenta a sorte como candidato

Dos mais 19 milhões que ganhou, só restam 4... Será que tenta enganar a Justiça, ou o menino alegre está ficando pobre de novo.
Premiado a pouco tempo na mega-sena, onde faturou mais de 19 milhões de reais, o rapaz alegre conhecido como Roberto Kuppê (foto), está tentando a sorte agora como candidato a deputado federal, pelo PDT rondoniense. Suas chances são mínimas, mas como o moço é o do tipo virado prá lua, pode até emplacar um lugar nesse nicho de mordomias e possibilidades de rápido crescimento econômico.
Certamente que na Câmara, o tal Roberto não irá repetir a façanha de ter trabalhado 15 anos de graça para o facinoroso Mário Calixto, como ele próprio andou contando em sites informativos rondonienses.
E assim, se eleito, poderá recompor a fortuna ganhada na mega-sena, já erodida, escapando do risco de voltar a pobreza de quem, antes do prêmio milionário, não tinha mais nem CPF e nem dinheiro para pagar o aluguel de Brasília.
Pelo que declarou à Justiça Eleitoral nem de longe Kuppê lembra o ganhador de quase 20 milhões de reais. Não está, ainda, puxando a cachorrinha como antigamente (quando era obrigado a trabalhar de graça para espertalhões do tipo Calixto, talvez apenas pela comida!), mas está numa queda perigosíssima. Afinal, para o TRE rondoniense o sortudo disse que só possuí 4 milhões, 133 mil, 54 reais e 86 centavos. Se não estiver escondendo nada da Justiça em relação ao seu patrimônio, o rapaz corre um sério risco de voltar à planície se não emplacar o mandato.

Só aqui, tem dessas coisas. E Pastore queria mais

A sorte de Augustinho Pastore encontrou um obstáculo intransponível. Certamente ele realmente acreditava tornar-se deputado federal. Afinal, pastore saiu de Videira (SC), onde nasceu em 1959 e veio para Rondônia. Foi aqui que conseguiu virar servidor público estadual, embora tenha apenas o ensino médio completo e arrumar um excelente pé-de-meia. Em Vilhena, virou vereador, chegando à presidência da Câmara. Naquele cargo fez besteiras com o dinheiro público. Isso, claro, não impediu o sortudo de chegar a presidância do Idaron, a agência de Defesa Agrosilvo Pastoril do Estado, de onde pretendia alçar vôo para a Câmara dos Deputados em Brasília, como um dos candidatos o Partido Progressista. Não deu. Foi barrado pelo TRE rondoniense, considerado ficha-suja. Ele tentou o recurso, mas o TSE manteve a decisão do TRE local. Pastore está inelegível e certamente não poderá mais ocupar nenhum desses cargos que os governantes entregam nas mãos de amigos ou de políticos sem mandato que são aliados.
É espantoso ver outros políticos barrados por circunstâncias idênticas à de Pastore despejando dinheiro numa campanha da qual dificilmente irão participar até o fim, com total segurança jurídica. Ora, na mesma linha de pensamento, e acreditando que no TSE só haverá um peso e uma medida nas decisões, estão figuras conhecidas da política rondoniense, como o caso de Suely Aragão, viúva do ex-senador Ronaldo Aragão e também Daniella Amorim, condenada por improbidade administrativa quando foi prefeito de Ariquemes. Certamente estão na mira dos doutos ministros do TSE.

Comendo na mesma gamela

Tá mais do que provado: na política não existe senso do rídiculo e nem a lógica do bom caratismo. Em Rondônia, o deputado Euclides Maciel (foto) mudou de partido (era do PSL) em plena vigência da lei que resgatou o mandato partidário. Na justiça, para não perder o mandato, o deputado afirmava que deixava o seu partido original porque estava sendo pressionado pela presidente da sigla, Silvana Davis, e seu marido que exigiam bons cargos no seu gabinete parlamentar para si próprios e outras compensações.
A Justiça concordou com os argumentos do ji-paranaense Euclide Maciel. Ele foi para no ninho tucano, onde tenta, agora, uma  difícil reeleição. E hoje, veja o absurdo, marcha ao lado exatamente de Silvana Davis, que também deixou o partido que presidia e foi para o PSDB tentar uma vaga na Câmara dos Deputados. Como os dois políticos estão numa luta inglória, há a possibilidade de no futuro próximo ambos dividir o mesmo lenço para enxugar as lágrimas.

Fumaça e calor senegalesco. O clima não muda nada

Chega a ser uma contradição bizarra a propaganda oficial na TV afirmando que Rondônia tem reduzido os focos de queimadas nesse ano. Cotradição principalmente para os moradores de Porto Velho, a capital do estado, onde não se via, nos últimos 30 anos, tanta fumaça. Fumaça que encobre tudo e que não se dispersa durante todo o dia. Um verdadeiro cenário de vergonha, sinalizando que os responsáveis pela fiscalização desse segmento não merecem os altíssimos salários que recebem do poder público.
Interessante é ver o silêncio dos candidatos ao governo sobre essa questão fundamental. Ninguém fala nada, ninguém se propõe a acabar com esse negócio de queimadas no estado.
Hoje, quinta-feira, a temperatura máxima esperada para Rondônia é de 40 graus. Verdadeiro mundo cão para quem tem de somar a esse calor senegalesco a fumaça e falta de umidade.
Amanhã, sexta-feira, as condições do tempo devem se repetir. A situação é tão grave que, segundo se informou, o próprio Ministério Público do Estado resolveu se mexer para investigar as causas dessa calamidade e seus responsáveis.
Até recentemente quem mandava e desmandava no Ibama era um petista desses protegidos pela cúpula do partido em Rondônia, afastado recentemente porque não sua gestão foi um desastre. Funcionário público do estado, o protegido de Sobrinho e Valverde praticamente nunca prestou verdadeiramente serviço ao estado em sua função pois sempre ficou agregado aos bons cargos do partido, inclusive na Assembléia, onde também ficou por muitos anos só coçando o atual prefeito da capital, conhecido em alguns setores como "gestor pinóquio".

Candidato ficha suja não desiste de concorrer

Embora impugnado e condenado à cadeia, Marco Donadon pretende continuar na Assembléia Legislativa.
A cultura da impunidade está tão arraigada no seio da classe política que nem aqueles com ficha sujíssima, barrados no primeiro obstáculo pela aplicação da Ficha Limpa no Tribunal Eleitoral, desistem e saem logo de cena. E os partidos, preocupados apenas com a quantidade de votos, mantém esses tralhas na disputa, como se tudo estivesse devimente dominado para que os "sujos" continuem na  vida pública, com o beneplácito das siglas.
Vi ontem, dia 25 agosto, um desses políticos integrantes do bloco dos "intocáveis" aparecendo com a mais cara-de-pau na TV, no horário da propaganda do PMDB. Trata-se do deputado Marco Donadon, condenado a cumprir quase duas dezenas de anos na cadeia - mas ainda longe do xilindró - com candidatura barrada no TRE rondoniense e nem por isso com simancol bastante para compreender que a casa caiu para o seu clã.
A Justiça Eleitoral, pelo que se informa, não tem como afastá-lo do horário da propaganda eleitoral, pelo menos enquanto a impugnação de sua candidatura não for devidamente confirma pelo TSE. O que é uma pena. A população esclarecida não merecia ver esse "ficha sujíssima" na TV pedindo voto para continuar uma carreira pontilhada de esbulho do dinheiro público.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

E Rondonia receberá bandidos de São Conrado

O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Luiz Zveiter, autorizou, nesta segunda-feira, a transferência para o presídio federal de Porto Velho, em Rondônia, de nove dos dez bandidos presos depois de invadir o Hotel Intercontinental no sábado.
A mudança para fora do Rio foi pedida pelo governo do estado e teve o aval do Ministério Público estadual. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, os presos, que estão em Bangu IV, seriam transferidos até o final da segunda-feira e poderiam desembargar em Rondônia na madrugada.
Inicialmente, os presos seriam levados para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, mas a unidade já está lotada, inclusive com presos do Rio.

O fumaceiro continua e autoridades não resolvem nada

Dia desses, depois da pressão de uma instituição do judiciário, anunciou-se de onde vem as maiores queimadas que mantém o céu de Porto Velho e, por tabela, de quase toda Rondônia encoberta pela densa fumaça. Pensei que com tal descoberta a situação tenderia a melhorar. Ledo engano. Continuamos com dificuldades de respirar e sofrendo com a baixíssima umidade.
Aqui na capital, 7 horas da manhã desse segunda-feira, dia 23, a visibilidade estava próxima do zero.
A mais de cinco metros dos olhos, era praticamente impossível enxergar na parte da manhã, o que gerou preocupações com acidentes de trânsito.
Os hospitais estão lotados com pessoas sofrendo problemas respiratórios por causa da fumaça. Este ano tem sido o mais intenso em queimadas no norte e centro-oeste do país, com mais de 10 mil registros nos últimos dias. Parte delas é natural, devido ao ar seco, e parte continua sendo provocada por fazendeiros que queimam mata para abrir pasto.
O problema tem muito a ver com a impunidade. Segundo se informa, quase nunca alguém multado pelo Ibama ou pela Sedam paga os valores dessas multas. E como não sofrem nada, agem igual aos políticos acostumados a conviver naturalmente com a ficha-suja.

Setembro tem plebiscito. Você precisa participar

Pela reforma fundiária no país, entre 1 e 7 de setembro o Fórum Nacional da Reforma Agrária e Justiça no Campo promoverá o plebiscito pelo limite da propriedade rural com apoio de dezenas de entidades e movimentos sociais. O objetivo do plebiscito é demonstrar ao Congresso Nacional que o povo brasileiro deseja que se inclua na Constituição um novo inciso limitando a propriedade da terra - quase 50% das propriedades rurais têm menos de 10 ha (hectares) e ocupam apenas 2,36% da área do país. E menos de 1% das propriedades rurais (46.911) têm área acima de1 mil ha cada e ocupam 44% do território (IBGE 2006). Mais informações e para assinar abaixo-assinado acesse: www.limitedaterra.org.br

Lei de Hermínio é aprovada. Monopólio do transporte vai acabar

No governo do petista Roberto Sobrinho nenhum serviço público funciona a contento. Mas o serviço de transporte urbano é, sem sombra de dúvidas, um dos mais criticados pela população, especialmente porque ele vem sendo feito por uma consórcio de empresas que na prática funciona como um monopólio (sem concorrência entre os operadores do serviço) e há muito tempo  vem humilhando os usuários tratados como se fossem simples mercadorias embarcadas em ônibus sujos, sem nenhum conforto, inseguros e que sempre atrasam.
A falta de uma política de transporte revela a incompetência de quem governa o município mas aceita todas as imposições dos riquíssimos "empresários" que exploram esse serviço que, sabe-se lá por que, sempre foi mantido como uma reserva de mercado deles.
Se não fosse a liderança exercida pelo vereador José Hermínio, presidente da Câmara Municipal de Porto Velho, certamente os "donos" do transporte coletivo da capital rondoniense continuariam dando as cartas por muito tempo, agindo como se o prefeito continuasse refém dos mesmos. O mais interessante de tudo isso é que José Hermínio é do PT, o mesmo partido do prefeito. A diferença é que o vereador prefere usar o seu mandado para atender reivindicações do povo, mesmo quando isso contraria interesses do chefe do Executivo Municipal.
DIA HISTÓRICO
O dia 23 de agosto ficará na história da Câmara Municipal de Porto Velho. Afinal, esta foi a data que pela primeira vez o poderoso grupo que controla o transporte coletivo da capital sofreu, pela primeira vez em décadas, sua grande derrota.
As galerias da Câmara Municipal estiveram lotadas. A presença popular funcionou como um mecanismo de pressão sobre os vereadores aliados do prefeito e do consórcio que explora o serviço. E assim, os petistas Cláudio Carvalho (declarado defensor das empresas integradas no consórcio) e Epifânia Rodrigues (também conhecida como "a queridinha do prefeito") acabaram votando a favor da propositura de José Herminio que alterou a Lei Orgânica do Município, tornando obrigatória a participação de no mínimo três empresas para operar o sistema de transporte coletivo e impedindo que as mesmas se organizem em consórcio.
José Hermínio não deixou de criticar o prefeito Roberto Sobrinho mesmo considerando que a sua gestão promoveu melhorias na qualidade de vida dos moradores de Porto Velho em algumas áreas, "mas acabou permitindo que o sistema de transporte coletivo piorasse muito".
FOI SÓ PROMESSA
O vereador Cláudio da Padaria, do PCdoB, lembrou que para se eleger pela segunda vez o prefeito Roberto Sobrinho prometeu acabar com o péssimo transporte de Porto Velho, que ele batizou de "Transporte Telesena" mas, passado todo esse tempo viu-se que era só promessa, só lorota para enganar o povo e hoje, com o monopólio que manda e desmanda, "vemos que o transporte telesena acumulou" para desespero da população. Tem gente "esperando até duas horas" para pegar um ônibus na cidade, afirmou o vereador.
E tudo ficou mesmo só na promessa, como o programa do "Leva Eu" o serviço de integração que nunca funcionou, relembrou o vereador comunista.
Na verdade o Leva Eu hoje é chamado pelos usuários de "Rouba eu". Outra queixa muito grande recai sobre a tarifa, uma das mais caras do Brasil. Ela está na faixa de 2,30. Esse valor foi concedido sob a promessa de que os onibus seriam dotados de ar-condicionado e que, aos sábados, domingos e feriados as tarifas seriam reduzidas, mas nada disso aconteceu.
Com a matéria de autoria de José Hermínio aprovada na sessão do dia 23, a prefeitura terá um prazo máximo, a partir da promulgação da Lei, de 180 dias para modificar o sistema de transporte coletivo urbano. Além desse serviço não poder ter menos de 3 empresas, ficou também definido que em Porto Velho o sistema terá um ônibus para cada dois mil moradores da capital.

domingo, 22 de agosto de 2010

Sem reforma agrária o país continuará patinando

É claro que Plinio Sampaio, o candidato do Psol, não tem a menor chance de chegar lá nesse sistema eleitoral onde só há espaço para quem está no poder ou se integra às grandes estruturas eleitorais. Mesmo assim, sem chances de assumir o comando do país, as afirmações de Plínio sobre a necessidade de se limitar o tamanho máximo da propriedade rural, pondo fim ao sistema de latifúndio com que o Brasil convive, assusta e muito aqueles que são beneficiados pela concentração da terra e até tremem quando ouve falar em reforma agrária de fato, tendo como ponto de partida uma lei que inclua o tamanho do imóvel rural entre as justificativas de desapropriação, estabelecendo, inclusive, um limite para a propriedade da terra.
Mas Plínio tem razão. Os especialistas em entender como se deu, nos Estados Unidos, o fabuloso crescimento econômico, apontam a reforma agrária realizada na conquista do oeste americano como um dos fatores fundamentais.
É preciso por fim ao injusto direito das terras imensas, do latifúndio, para disponibilizar terra para milhares de família sem terra. Este é um mecanismo de garantia da cidadania e de desenvolvimento econômico e social como prova os muitos países que o adotaram (Coreia do Sul, Japão, Malásia, etc.). Limitar a propriedade da terra no Brasil significa também garantir a soberania alimentar do nosso país, pois são as propriedades familiares camponesas as responsáveis por maior parte da produção de alimentos da mesa dos brasileiros.
É pena que assunto de tamanha importância não chamou até agora o interesse dos demais candidatos. Aliás, seria necessário também que na política do Brasil os municípios fossem obrigados a garantir áreas de terras urbanas para programas de moradia, de parques e espaços de lazer e esporte para todos.

Só um milagre salva Fátima Cleide

O mote inventado pela senadora petista Fátima Cleide sinaliza os motivos pelos quais ela depende de um grande milagre para retornar ao Senado com um novo mandato. Eleita pela primeira vez na carona da vitória de Lula a presidente, a então professorinha sem experiência política adornou-se de um exagerado otimismo, agindo como dona de uma liderança política que nunca teve no estado. E agora, ainda vítima da falta de articulação política inteligente - motivo da derrota de seu projeto de ser a candidata do PT ao governo - espalha uma propaganda centrada na idéia de que "Fátima Faz" como se estivesse, nesse momento, disputando uma eleição para o executivo e não o legislativo.
Em oito anos de mandato no Senado, ai está ela, agora, no corredor daqueles políticos que precisam esperar um milagre para continuar. Ao contrário do esperto Valdir Raupp - que tem tudo para renovar o mandato - a candidatura de Fátima ao senado foi construída apenas pelos seus áulicos que, durante o seu mandato, se beneficiaram dos empregos regiamente pagos e agora mostram timidez no seu apoiamento.
Fátima queria, na verdade, ser candidata ao governo do Estado de Rondônia. Como não articulou nada, perdeu a indicação para o deputado federal Valverde, que também entra na disputa sem nenhuma preparação prévia, como um erro de intrepretação do cenário eleitoral, a ponto de de ter tido dificuldades para escolher um vice com peso eleitoral.
Ora, como poderia dona Fátima adquirir musculatura suficiente para sua candidatura de reeleição ao Senado contra dois Titãs eleitorais, como soem ser Ivo Cassol (certamente caminhando para ser o mais votado na história de Rondônia) e Valdir Raupp
Eleição é uma coisa onde tudo pode acontecer. As pesquisas, claro, podem ser desmentidas nas urnas. Isso vale dizer que quem está no jogo tem chances. No caso de dona Fátima, uma improvável vitória seria um imenso milgre zombando da lógica dessa visível realidade.

Eleição não impede aumento do pãozinho francês

Chegou a vez do pão francês ser o vilão no bolso do consumidor. O preço de produtos derivados do trigo estão em alta, principalmente em função da quebra da safra na Rússia, castigada pela seca. O aumento no valor do tradicional pãozinho vai chegar aos consumidores na próxima semana. De acordo com o presidente da Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), Luiz Carlos Carneiro, a farinha de trigo já está 20% mais cara e, na semana que vem, as padarias da capital vão reajustar o preço dos pães em até 10%.

Carneiro lembra que a safra brasileira está alta e que, na Argentina, maior fornecedor do Brasil, a situação também é favorável, uma vez que não houveram problemas climáticos. “O Brasil vai demandar pouca importação de trigo dos mercados distantes, que foram os afetados. O preço brasileiro já foi influenciado pelo mercado internacional, que passa por momentos de flutuação do preço do trigo, mas acredito que, no fim do ano, o preço já esteja normalizado.”

Emprego é isso. E não precisa de concurso

A Câmara analisa projeto que aumenta o subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para R$ 30.675,48 – um reajuste de 14,7%. Hoje, eles ganham R$ 26.723,13 mensais. O subsídio dos ministros do STF é o valor máximo, ou teto, para remuneração dos funcionários públicos. O impacto orçamentário previsto no Poder Judiciário é de mais de R$ 446,7 milhões anuais.
A proposta, enviada pelo próprio Supremo, também permite, a partir de 2012, uma revisão anual automática do valor do subsídio, sem necessidade de análise do aumento pelos parlamentares. O aumento dependeria somente de autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e de disponibilidade de recursos previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA).

Atualmente, qualquer acréscimo na remuneração dos ministros depende de deliberação do Congresso sobre projeto de lei específica. Pelo texto, o aumento só dependeria de aprovação dos parlamentares a cada quatro anos, a partir de 2015. Ao fim de cada período, o processo continuaria como hoje: envio, pelo STF, de um projeto de lei sobre o aumento para análise do Câmara e do Senado. Para os outros anos, valeria a regra da revisão automática.

Campanha na TV deve esquentar nos próximos dias

Como era previsível, a primeira semana de campanha eleitoral na TV e no rádio foi morna e não serviram para surpreender nos eleitores. Foi aquela pasmaceira toda de um formato cada vez mais rotineiro, com os candidatos contando (até certo ponto, é claro) as histórias de suas vidas e apresentando o convívio familiar, que vai dos netos até às avós ou tias mais velhas. Essa foi a regrinha para todos. No programa do tucano Expedito Júnior a "original criatividade emplumada", surgiu também alguns amigos dos tempos das vacas magras com depoimentos que praticamente em nada influenciará o eleitorado.
Vale dizer que essa foi, também, a regra para os candidatos à Presidência da República.
Depois dessa coisa piegas, os candidatos entraram naquele conhecido script das promessas, agora batizadas de "compromissos" ou "propostas". Políticos de hoje evitam fazer "promessas" porque pelo desgaste da classe sabem, e como sabem, que o povo não acredita nelas.
Ninguém usou o espaço desse começo de campanha eletrônica para dizer, por exemplo, que esse ou aquele concorrente ainda está com a candidatura comprometida pela Lei do Ficha Limpa, podendo ser atingido pelo tiro de misericórdia no julgamento de seu recurso.
Pois é, como era esperado, nesse princípio de campanha na TV e no rádio, todo mundo aparece como ficha limpa; todo mundo aparece como se tudo já estivesse resolvido e ninguém mais tem culpa no cartório.
Mas essa não é a realidade. Certamente, depois dessas amenidades do início do horário eleitoral no rádio e na TV deverão surgir os primeiros ataques, as primeiras revelações cruéis, para tirar o eleitor desse tédio horrível que é essa propaganda eleitoral pasteurizada, onde todo candidato teve uma origem humilde, pegou no batente muito cedo e se conseguiu um diploma de nível superior foi porque estudou na escola pública com todos os sacrifícios imagináveis.
Nos dias de hoje, as campanhas mais decisivas não são aquelas em que o candidato bota o pé na estrada e vai conversar diretamente com o eleitor. Hoje é a televisão que decide. O candidato precisa ter desempenho e um marqueteiro bom.
É claro que nenhum candidato aparece na TV ou fala no rádio com proposta ruim. O problema é que carisma não é uma coisa que se pode comprar na prateleira de qualque bodega. E fazer uma  pessoa antipática se tornar dono de "carisma" é um dos grandes desafios dos marqueteiros.
Na disputa pelo governo rondoniense, certamente tem candidato que vai perder com mais facilidade por ter se juntado a figuras políticas completamente desgastadas perante o eleitor do estado. Quem seria "trouxa" de ter como cabo eleitoral qualificado o atual prefeito de Porto Velho, conhecido em certos segmentos populares como "Prefeito Pinochio", um personagem com um glamour próximo de um repolho mal formado.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Votar não resolve nada

Estive pensando, por algumas vezes, em não votar mais. Iria apenas comparecer na secção eleitoral para assinar a folha e na urna eletrônica não votaria em ninguém. Mas como tenho amigos nessa disputa decidi que vou votar neles.
Vou votar, como disse, mas sem esperar grandes coisas. Estou mais do que convencido de que a eleição é uma farsa. Nada vai mudar em função do voto. A democracia no Brasil é uma falácia. O regime está longe, muito longe, daquela conversa do "governo do povo, para o povo e com o povo". Ainda somos vítimas do longo tempo de ditadura em que vivemos.
O país ainda vive o sistema de "castas". As leis existem, mas não são cumpridas, especialmente quando podem prejudicar os poderosos, os corruptos e bandidos de colarinho branco.
A "democracia" que vivemos não passa de um sistema onde medram os Sarneys, os Collors, os Renans e toda sorte de sanguessugas e parasitas quase sempre impunes e inatigíveis pela Justiça.
Essa é a "democracia" da mediocridade que permite gente como o presidente da Assembléia Legislativa rondoniense pintar na pólítica como alguém que teria um pingo de competência e profundidade, quando na verdade a única coisa que fez foi usar o cargo para sua promoção pessoal e se livrar, até agora, das punições que sofreria num regime sério...
Como acreditar numa democracia onde até o eleitorado da capital da República está decidido, de acordo com as pesquisas, a colocar novamente no governo um tipo como esse Roriz?
Eu pelo menos estou decidido a não votar naqueles que pretendem continuar com as mordomias do cargo, mesmo estando sempre participando das dezenas de esquemas da fuzarca que desmoralizam as instituições.
Deveríamos realmente ter renoção nas instituições políticas mas, pelo andar da carruagem, novamente veremos que o resultado das urnas não passará da troca de seis por meia dúzia.
Como a maioria dos eleitores agem tipo pau podre em dia de ventania, o voto acaba não tendo consequência por ser trocado por meras quirelas.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Esses Donadons são do balacobaco

A nossa sorte é decidida vontade do Judiciário de validar essa nova Lei do Ficha Limpa que praticamente tirou da jogada política o clã Donadon, impugnando todas as suas candidaturas. Não fosse isso, o Brasil correria um grande risco de vê-los atuando no cenário nacional, com o Melki no Senado e o Natan na Câmara dos Deputados. Mas graças a Deus, é praticamente certo que eles são, finalmente, cartas fora do baralho.
O perfil coletivo dos políticos com essa marca Donadon acaba sempre em corrupção, irrequecimento ilícito, etc, etc...
Pois é, agora foi a vez de Marlon Donandon, o ex-prefeito de Vilhena. Ele segue a tradição da família que começou com o "cappo" ainda nos tempos em que Rondônia tinha como governador o Jorge Teixeira, aliás, o primeiro governador do jovem estado rondoniense.
Marlon acaba de ser condenado pelo Juiz de Direito de Vilhena, dr. Luiz Antonio Peixoto de Paula Luna, por crime de responsabilidade contra o patrimônio público.
Essa prática criminosa parece ser uma rotina na vida desses Donadons. Desse vez até o jovem Abner Donadon, filho do ex-prefeito de Vilhena, também foi condenado, juntamente com os ex-secretários municipais Amauri Heidmann (Terras) e Zacarias Batista (Saúde).
No caso dos outros Donadons, fichas sujíssimas, vê-se que continuam fazendo propaganda  no horário eleitoral da televisão, numa intimidação ao eleitor ainda assustado com a desfaçatez desse clã condenado por causar imensos prejuizos ao erário rondoniense.
Mas dessa vez eles não se salvarão com a beneplácita posturado do eleitorado do Cone Sul que de uma forma acovardada, assustada e manipulada vinha votando nesse pessoal sem olhar a sua ficha imensamente suja.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Tá decidido: proibido estacionamento de carros com propaganda eleitoral

O assunto vinha criando polêmica e enquanto isso estacionamento de repartições públicas estavam cheio de carros com adesivos de candidatos, na maioria de funcionários com cargos de confiança, estacionados durante todo o expediente, funcionando como autênticos outdoors fixos.
Bem a Procuradoria Geral Eleitoral decidiu que veículos com adesivos de candidatos, partidos ou coligações são proibidos de utilizarem os estacionamentos de repartições públicas. A proibição inclui os veículos de servidores do órgão.
O procurador regional eleitoral, Heitor Soares, explica na recomendação que é proibida a veiculação de propaganda de qualquer natureza nos bens que pertencem ao poder público e nos bens de uso comum, conforme determina o Código Eleitoral (Lei 9.504/97). Quem utilizar repartições públicas, inclusive prédios e dependências, em favor de partido político ou candidato pode ter pena de detenção de até seis meses e pagar multa. Na recomendação, o procurador acrescenta que os órgãos da Administração Pública são considerados bens de uso comum e que o responsável pode ser multado no valor de R$ 2 mil a R$ 8 mil, de acordo com a Resolução nº 23.191/2010, do Tribunal Superior Eleitoral.
Quem identificar possíveis práticas de propaganda eleitoral em órgãos públicos pode comunicar os fatos pelo e-mail denuncia@prro.mpf.gov.br, pelo disque denúncia 148, com ligação gratuita, ou por meio de formulário disponível no site http://www.prro.mpf.gov.br/.

Miguel deveria explicar

Parece que há no DNIT uma orientação para não se tocar no assunto sobre o superfaturamento e outras irregularidades que impedem a construção da ponte do Rio Madeira, na estrada que um dia (e só Deus sabe quando) deverá voltar a funcionar na ligação com Manaus para não desgastar politicamente Miguel de Souza, candidato a vice na chapa do tucano Expedito Júnior, o impugnado candidato ao governo do estado de Rondônia.
Ora, o eloquente Miguel de Souza deve uma explicação ao povo rondoniense. Miguel, como conta uma fonte, espera "tirar de letra" o seu da reta, "porque teria uma" super-proteção para não ser pego nessa tramóia denunciada pelo Tribunal de Contas da União.
E por essas manobras que alimentam a sanha de corruptos do Brasil, as tão prometidas obras irão para as calendas, até porque não terão mais dinheiro irrigando esses canteiros. Na lista está também a linha de transmissão das hidrelétrica do Madeira até a cidade de Araraquara, em SP.

TSE não vai limpar a barra dos fichas sujas

Está claro, após a decisão do TSE ao julgar o recurso de um ficha-suja do Ceará, que esse pessoal barrado pela justiça eleitoral em Rondônia, com base na Lei do Ficha Limpa, pode suspender a barraca do circo se não quiser torrar dinheiro a toa.
Tem gente com tamanha desfaçatez que mesmo tendo uma enorme "cabrita" ainda está aparecendo no horário da propaganda na TV como se sua candidatura tivesse alguma garantia. É o caso, por exemplo, de Natan Donadon, no horário do PMDB. Nem com reza prá santo forte ele deve se manter na disputa. Se o deputado que escapou, um dia, de ir prô xilindró, não vai ter sua barra limpa quando o TSE for decidir.
Certamente o clã Donadon terá o mesmo tratamento de um candidato do Ceará, abatido pela aplicação da Lei do Ficha Limpa.
Ao analisar o primeiro caso concreto de um "ficha suja", o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) reafirmou que a lei da Ficha Limpa deve ser aplicada nas eleições deste ano, mantendo a decisão do TRE cearense.
Em maio, o tribunal eleitoral já tinha afirmado, em tese, que a lei do Ficha Limpa é constitucional, vale para o pleito deste ano e deve ser aplicada em casos ocorridos ou julgados pela Justiça antes da promulgação da legislação.

O TSE vai analisar caso a caso o processo dos fichas-sujas. Mas já está claro uma definição daquela corte: Pela lei do Ficha Limpa, quem teve condenação criminal ou cível por improbidade administrativa, aplicada por órgão colegiado da Justiça, é considerado inelegível e fica impedido de concorrer.
A situação não é dramática somente para o clã dos Donadons. Você apostaria uma moeda furada em candidaturas de figuras conhecidas como o Amorim e sua filha Daniela, ou da ex-prefeita de Cacoal, Suely Aragão?
Aliás, no caso da viúva é bom lembrar que seu marido morreu depois de ganhar o título de Anão do Orçamento.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O debate que não houve: Impossível de assistir

O debate de ontem, na Unir,
pessimamente mediado.
Eu não consegui assistir a mais do que dois blocos do debate entre os candidatos realizados pela Universidade Federal de Rondônia. Duvido que alguém passou pela tortura de ir até o fim daquela pugna mal feita,  com péssima mediação, com perguntas simplórias e candidatos que não conseguiam explicar nada de forma direta e com frases construídas em bom português.
Mudei de canal assim que começou o CQC. Se os debates com os candidatos ao governo de Rondônia se mantiverem naquele mesmo nível, de nada servirão para a informação do eleitor e em nada modificarão as tendências atuais.
A TV que mostrou o debate perdeu audiência principalmente por ter permitido os chiliques de estrelismo de seus profissionais. E os candidatos, meu Deus do céu! Ainda estão incorporados por espíritos de astros prisioneiros de script ruim. O tal do Sussuarana ficou longe de apresentar as manhas da onça e deixou claro todo o seu despreparo, a sua falta de ginga política. Ainda bem que nessa encarnação ele jamais chegará ao governo do estado.
Expedito, esquecendo que sua candidatura está por um fio, quase nada disse de importante, de original. Ficou nas observações óbvias e ululantes, dentro de um encontro de candidatos que se revelou completamente inútil.
Uma coisa ficou clara: nenhum dos candidatos que ali compareceu demonstrou conhecimento sobre o tema da ciência e tecnologia. Até onde, com sacrifício, pude ver a transmissão da TV Candelária, comprovei que ninguém discutiu nada importante para o Estado. Se os próximos debates forem ruins como o realizado no dia 16, os candidatos podem estar certos de uma coisa: a favelização ideária da política local é um fato e não renderá voto para quem pretende chegar consagrado ao Palácio Getúlio Vargas.
O negócio é esperar que o próximo debate, em respeito ao eleitor, seja diferente desse que praticamente não houve.

Dicas do que é permitido nessa eleição

Muito boa as dicas enviadas ao colunista pelo por Edirlei Barboza Pereira de Souza, bacharel em direito e técnico judiciário do Tribunal Regional Eleitoral  de Rondônia. Repassamos aqui estas dicas:
As limitações impostas na propaganda eleitoral buscam proporcionar uma disputa igualitária, sem privilégio, combatendo o uso abusivo do poder econômico. Em 2006 a lei impôs a proibição de uso do patrimônio público para fins de propaganda eleitoral. Antes era permitido utilizar os postes, viadutos e pontes com a fixação de faixas, placas e por aí vai. Isso acabou. Outra coisa que teve o seu fim a partir de 2006 foi a realização dos famosos showmícios. Os ‘endinheirados’ investiam alto com artistas famosos e em contrapartida tinham os votos dos simpatizantes desses artistas.
Outra norma surgiu trazendo mudanças nas regras eleitorais. Foi a lei n. 12.034/2009. Entre as várias alterações, destaca-se a vedação ao uso de trios elétricos em campanhas eleitorais, exceto para a sonorização de comícios. Nem todos os candidatos têm condições de despender recursos para isso. O limite da propaganda em 4m² é outra regra agora positivada em lei e que a jurisprudência transportou para a adesivagem (ou plotagem) de veículos.
Afinal, o que não pode ser feito em termos de propaganda eleitoral? Ora,  tudo que for feito com uso de privilégios, isto é, que não estar acessível a todos, é proibido.
E deixar o carro com adesivo político estacionado no páteo de um órgão público, é proibido?
Na legislação não há nenhuma norma dispondo sobre isso. O servidor público não está proibido de adesivar seu carro com a propaganda eleitoral de seu candidato. Ora, na lei n. 9.504/97 consta, taxativamente, que é permitida a manifestação individualizada e silenciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos, inclusive no dia da eleição. A única exigência legal é que a adesivagem veicular esteja de acordo com os limites legais (4m2, nome do partido/coligação, etc.).
Vale ressaltar que se o estacionamento do órgão público for de uso restrito dos seus servidores, não há como admitir permanência de veículos com adesivo de propaganda eleitoral, pois neste caso prevalece a natureza eminentemente pública e restrita do estacionamento, o que causaria um desequilíbrio.

Que CPI que nada. Só tem boato

A semana começou com rumores do surgimente de uma CPI na Câmara Municipal da capital rondoniense, Porto Velho, para investigar denúncias de corrupção na prefeitura, onde o bambambã do poder é o petista Roberto Sobrinho. Mas tudo não saiu mesmo dos rumores. Nem na sessão dessa terça-feira (17) os  vereadores tocaram nesse assunto. A blindagem do prefeito da capital é de fazer inveja até mesmo nas figuras da política nacional envolvidos em mutretas fantásticas como foi o caso do mensalão.
Agora o assunto que está mexendo com a opinião pública é o suposto desvio de dinheiro do Fundeb, manchete de dos muitos jornais nanicos publicados nessa temporada eleitoral, através de uma "quadrilha" instalada na Secretaria Municipal da Administração. Essa quadrilha, conforme denúncia levada à Polícia Federal operava um esquema fraudulento de pagamentos de horas extras.
Na Câmara Municipal falava-se em CPI porque, de acordo com a denúncia, o esquema da "Hora Extra do Esbulho" foi montado e funcionou para arrancar dinheiro do Fundeb destinado a sustentar a milionária campanha de vereadora da então Secretária Municipal da Educação, na disputa do pleito de 2008. Epifânia já era apresentada como "a queridinha" do prefeito Roberto Sobrinho e conseguiu realizar uma campanha que faria inveja a candidato a deputado federal. Eleita vereadora, Epifânia voltou novamente à chefia Secretaria Municipal da Educação, cedendo sua vaga ao suplente José Wildes.

domingo, 15 de agosto de 2010

Até no período eleitoral prefeito alimenta a mídia amestrada

Não dá para compreender por que o Ministério Público continua sem enxergar o rio de dinheiro público usado pelo prefeito de Porto Velho, o petista Roberto Sobrinho, para custear uma publicidade mentirosa, com o único objetivo da promoção pessoal e da manipulação eleitoral em favor de seu projeto político.
Absolutamente certo da blindagem em torno de sua gestão, a prefeitura de Porto Velho continua fazendo publicidade nos grandes veículos da mídia rondoniense, simplesmente mandando para as cucuias o  cumprimento à legislação eleitoral federal, a qual determina que no período de 1° de julho até o primeiro dia após o fim da eleição é proibido fazer publicidade pública institucional.
Neste período, fica proibida a realização de publicidade institucional de atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou de entidades da administração indireta.
Pois a Prefeitura de Porto Velho, dominada pelo PT, continua fazendo publicidade em praticamente todos os intervalos do horário nobre, disfarçando essa mídia como "comunicados". É claro que só cai nessa lorota quem quer. O que existe ali é publicidade promocional, clara e indisfarçável.
Seguindo esse péssimo exemplo dado por "intocável" Roberto Sobrinho, aventura-se no mesmo desrespeito à legislação eleitoral a prefeitura do vizinho município de Candeias do Jamari, com o seu programa de asfaltamento como tema da mídia veiculada nesses últimos dias.

MIDIA COMPROMETIDA
No caso de Roberto Sobrinho é fácil compreender porque ele pinta e borda com o dinheiro público na enxurrada de propaganda completamente desnecessária. Considerado, atualmente, um dos piores prefeitos que ocupou o paço municipal de Porto Velho, ele tem necessidade de manter a mídia amestrada junto de si para esconder da população o monte de besteira que faz.
Não são apenas os veículos escolhidos a dedo que mamam nas gordas tetas da prefeitura. Várias dezenas de jornalistas - que poderiam fazer denúncias ou revelar a realidade do buraco negro municipal - são pagos a altíssimo preço, recebendo gordas verbas para manter a mídia comprometida e impedida a cobrar seriedade do governo municipal.
O que não dá para compreender é como nenhum órgão responsável pela fiscalização da aplicação do dinheiro público não toma nenhuma iniciativa para pôr fim nessa situação e nem dá inicío a uma investigação séria nos milionários contratos da prefeitura de onde, supostamente, o dinheiro público sai, literalmente, pelo ladrão.

Com as bençãos da Igreja

Cassol deu a Capixaba a 1ª oportunidade para o milagre da Fênix.
Na disputa eleitoral desse ano há uma lista de candidatos tentando reviver o milagre da Fênix, personagem mitológico renascida das cinzas. E muitos esperam conseguir o tal "milagre" não com o apoio de Zeus mas da imensa comunidade evangélica do Estado, especialmente das seitas mais poderosas, como é o caso da Assembléia de Deus.
Esse é o caso de Nilton Capixaba, com base eleitoral na região de Cacoal e com campanha supervísivel em todo o Estado. A caríssima campanha desmente os boatos de que Balbino - outrora milionário do agronegócio - estaria quebrado. Deve ter financiadores poderosos e, certamente, não são os Vedoins.
Certamente ainda está fresca na memória de muitos rondonienses as causas que levaram este cacique do PTB à precoce "morte" política, quando foi obrigado a cancelar o projeto de ser senador.
Balbino, o verdadeiro nome do Capixaba, viu o seu nome estampado na mídia de todo o Brasil como envolvido no escândalo dos Sanguessugas, nome dado às investigações realizadas na época pela Polícia Federal do envolvimento de parlamentares com o fraudulento esquema liderado pela família Vedoin, de Mato Grosso, em torno de âmbulâncias pagas com a liberação de emendas parlamentares para entidades do terceiro setor e prefeituras que aderiam à mutreta, inclusive em Rondônia.
Balbino ultrapassou bem o martírio do escândalo. Não perdeu a chefia do PTB no estado, prestigiado por Roberto Jefferson, e ainda ganhou o apoio do ex-governador Ivo Cassol, com um cargo de expressão no governo onde pode continuar fazendo politica comodamente para se fortalecer no interior, especialmente nos grotões.
Considerando-se vítima de injustiça, Nilton Capixaba está prestes a superar a descontrução pública que sofreu na política, graças à notória impunidade de nosso país e ao apoio da cúpula evangélica, cada vez mais ávida de poder e dinheiro. Ele não é o único representante da ave mitológica nessa disputa eleitoral em Rondônia.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Olha aí PRE, e os deputados a senadora, vão ser também denunciados?

Se a propaganda do governo era para a promoção pessoal do Cassol e do Cahulla, com objetivos eleitorais, para que serviu a enxurrada de propaganda paga pela Assembléia????
E a propaganda que a dona Fátima (e até o "sêo" Valverde) andou fazendo no ano passado em out-doors por essas quebradas???
Aliás, no caso da senadora Fátima Cleide, por muito tempo ela manteve pendurada na avenida Calama, ali perto do "Parque da Cidade" (Argh!), uma faixa promocional, como se ela fosse a grande responsável pela tal Escola Técnica Federal de Porto Velho. A fal faixa só sumiu quando a obra foi, como tantas outras, paralisada.
E que não dizer da montanha de dinheiro gasta pelo prefeito Roberto Sobrinho, só na chamada mídia amestrada?????
Será que quem tem de fiscalizar vai continuar fingindo que não e que não sabe de nada?????
Ficha Limpa em todos eles, inclusive nos deputados que conduziram o festival de publicidade mentirosa para enganar o eleitor, levando-o a acreditar que estivemos até agora diante dos melhores deputados que já passaram pelo legislativo rondoniense.

Parece estar tudo armado contra Cassol e Cahulla

Para pessoas envolvidas na coordenação da campanha de Ivo Cassol e João Cahulla, respectivamente na disputa para o Senado e para o Governo do estado de Rondônia, há um movimento orquestrado buscando impedir a disputa dos dois políticos, através de chicanas jurídicas que geram de imediato insegurança e confusão no eleitorado.
Esse foi o sentimento transmitido por essas pessoas, quando procuradas para falar sobre a mais recente ação em tramitação na Justiça propondo novamente a cassação dos registros de suas candidaturas e ampliando a inegibilidade de Cassol e Cahulla para 08 anos.
Desta vez, o ex-governador (que deixou o cargo para disputar uma cadeira no Senado) Ivo Cassol e seu antigo vice (atualmente no governo, completando o resto do mandato de Ivo), João Cahulla, que também é candidato à sucessão governamental, terão de responder ação da Procuradoria Regional Eleitoral, onde são acusados da prática de abuso do poder político e econômico, e uso indevido dos meios de comunicação.
De acordo com a informação do órgão, a PRE deu entrada na ação na sexta-feira, 13, com base na Lei Complementar 135/2010, a Lei do Ficha Limpa.
Esta ação é apresentada após a decisão da Justiça Eleitoral de Rondônia ter impugnada a candidatura de Ivo Cassol ao senado e, paralelamente, ter deferido o registro da candidatura de governador de João Cahulla.
A argumentação da PRE se baseia na suposta utilização da máquina administrativa em favor de Cahulla e Cassol, no ano anterior à eleição. Como a Justiça Eleitoral estabelece que candidatos a vice-governador e candidatos a suplentes de senador devem fazer parte do processo, Tiziu, Reditário Cassol e Odacir Soares também foram incluídos na ação.
DESFILE DE TRATORES
Consta na ação que “valendo-se de projeto da Secretaria de Estado da Agricultura, o então governador Ivo Narciso Cassol assinou, nos dias 30 e 31 de dezembro de 2009, dois convênios superiores a 6,8 milhões reais com a Emater (empresa de assistência técnica rural) para a aquisição de insumos agrícolas, dentre eles, tratores”.
Para a PRE, “a aquisição dos tratores transfigurou-se em verdadeira promoção pessoal de João Cahulla”. Com ampla divulgação na imprensa estadual, os tratores foram levados em comboio ao longo da BR-364, passaram pelas principais ruas dos municípios, desde Vilhena até Porto Velho, terminando por ficarem estacionados na Avenida Jorge Teixeira, uma das vias mais movimentadas da capital.
Em vários municípios, onde houve a entrega dos tratores, foram colocadas faixas com a logomarca do Governo do Estado e de agradecimento ao governador João Cahulla. Para o procurador regional eleitoral Heitor Alves Soares, “um ato de administração transformou-se em verdadeira promoção de Cahulla, que passou a entregar pessoalmente os tratores”.
PARA BURLAR A LEGISLAÇÃO
A PRE argumenta que o ex-governador Ivo Narciso Cassol também assinou 236 repasses de recursos nos dias 30 e 31 de dezembro de 2009 “para burlar a Lei das Eleições que proíbe a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública em ano eleitoral, exceto nos casos de calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior”. O Ministério Público Eleitoral afirma que o aumento “expressivo” nos repasses pode ser medido em comparação ao total de convênios firmados de janeiro a novembro do mesmo ano – 306, conforme informações do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
A Procuradoria Regional Eleitoral destacou também a distribuição de ambulâncias, caminhões, camionetes, micro ônibus, assinatura de ordem de serviço de asfaltamento de diversos trechos de vários municípios e a inauguração de obras incompletas, como o Hospital Regional e Aeroporto de Cacoal.
USO DA MÍDIA
O terceiro fato apontado pela PRE refere-se à “publicação maciça de matérias supostamente jornalísticas, produzidas pelo Departamento de Comunicação do Estado de Rondônia - Decom, promovendo os candidatos”. A prática consistiu em publicação quase diária de notícias destacando realização ou inauguração de obras, distribuição de tratores, sementes de feijão, asfaltamento de ruas e estradas, entre outros. Para a PRE, isto “contribui sobremaneira para exercer poderosa e imediata influência no pleito eleitoral que se aproxima, maculando-o e desequilibrando-o irremediavelmente”.
A Procuradoria Regional Eleitoral argumenta que diversos veículos de comunicação têm contratos de publicidade com o Governo de Rondônia. “Os textos supostamente jornalísticos e as fotografias realizadas são produzidas pelos servidores do Executivo Estadual, através do Decom, que 'solicita' ou 'sugere' aos meios de comunicação a publicação, no que sempre são atendidos”, relata o procurador regional eleitoral Heitor Alves Soares.
Segundo a PRE, o abuso de poder econômico e o conseqüente uso abusivo da mídia são inegáveis porque envolvem grandes somas de recursos públicos. “Recorre-se a uma categoria lícita - divulgação de matérias supostamente de cunho jornalístico, autorizada legalmente - para promover os candidatos como sendo os melhores nomes para as próximas eleições, desequilibrando o pleito eleitoral”, diz o procurador, na ação.
Ele acrescenta que a cobertura publicitária em nome dos representados “destoou dos parâmetros legais de publicidade dos atos públicos e da impessoalidade e deslocou-se para o campo do ilícito eleitoral, ao vincular ações da Administração Pública às pessoas dos representados”. Como exemplo, ele cita que entre 1º de março a 22 de junho de 2010, o nome de Cahulla foi mencionado mais de 350 vezes nos diversos veículos de comunicação.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

E lá se foi a flor da nossa decência

Esse é um artigo que qualquer jornalista de qualidade gostaria de ter assinado. É um artigo escrito para o país, para nilimento daqueles que estão no limiar da perda da fé e da esperança. Transcrevo-o diretamente da coluna do Cláudio Humberto, com a certeza de que vale a pena ler de novo e lembrar a figura de uma mulher, Sandra Cavalcante, certamente muito mais interessante e capaz do que a inventada pela alquimia do Lula.

Tristes tempos: já não podemos falar mais nada!

O País está vivendo uma fase de completo e total desrespeito às leis. A Lei Maior, aquela que o País aprovou por meio de seus representantes, não existe. Para uns, todas as leniências. Para outros, todos as violências.

Em 14 de abril de 1930, aos 36 anos, Vladimir Maiakóvski, o maior poeta russo da era contemporânea, deu um fim trágico à sua atormentada vida. Matou-se porque perdeu toda a esperança e se viu diante de uma estrada sem saída.
Sua obra é absolutamente revolucionária, como revolucionárias eram as suas idéias. Mas o poeta, dizia ele, por mais revolucionário que seja, não pode perder a alma!
Ele acreditou piamente na Revolução Russa e pensou que um mundo melhor surgiria de toda aquela brusca e violenta transformação. Aos poucos, porém, foi percebendo que seus líderes haviam perdido a alma. A brutalidade crescia. A impunidade era a regra. O desrespeito às criaturas era a norma geral. Toda e qualquer reação resultava em mais iniqüidades, em mais violência. Um stalinismo brutal assolou a pátria russa. Uma onda avassaladora de horror e impotência tomou conta de seu espírito, embora ainda tentasse protestar. Mas foi em vão. Rendeu-se e saiu de cena.
Em 1936, escreveu Eduardo Alves da Costa o poema No caminho com Maiakóvski, que resume sua desoladora tragédia.
"... Na primeira noite eles se aproximam/ e roubam uma flor/ de nosso jardim./ E não dizemos nada./ Na segunda noite, já não se escondem:/ pisam as flores,/ matam nosso cão,/ e não dizemos nada./ Até que um dia,/ o mais frágil deles/ entra sozinho em nossa casa,/ rouba-nos a luz e,/ conhecendo nosso medo,/ arranca-nos a voz da garganta./ E já não podemos dizer nada."
Nestes tristes tempos, muitos estão vivendo as angústias desabafadas neste poema. Também acreditaram em líderes milagrosos, tiveram esperanças em dias mais serenos, esperaram por oportunidades melhores e sonharam com paz e alegria. Nunca imaginaram que, em seu lugar, viriam a impunidade, a violência, o rancor e a cobiça. Os que chegaram ao poder, sem nenhuma noção de servir ao povo, logo revelaram a sua verdadeira face.
O País está vivendo uma fase de completo e total desrespeito às leis. A Lei Maior, aquela que o País aprovou por meio de seus representantes, não existe. Para uns, todas as leniências. Para outros, todos as violências. Nas grandes cidades, dois governos, duas autoridades: a tradicional e a dos marginais. No campo, ausência de direitos e deveres. Uma malta de desocupados, chefiados por líderes atrevidos e até debochados, está conseguindo levar o desassossego e a insegurança aos milhões de trabalhadores rurais que ali se esforçam para sobreviver. Isso já vem acontecendo há muito tempo e não há sinal de que alguma autoridade pretenda submetê-los às penas da lei. Ao contrário. Eles gozam de imenso prestígio junto ao presidente, que não se acanha em lhes dar cobertura e agir com a maior cumplicidade.
A ausência das autoridades tem sido o grande estímulo para que esses grupos, e outros que vão surgindo, venham conseguindo, num crescendo de audácia e desrespeito, levar o pânico aos que vivem do trabalho no campo. A mesma audácia impune garante também a expansão das quadrilhas de narcotraficantes em todo o País. A cada dia que passa eles chegam mais perto de nós. Se examinarmos com atenção os acontecimentos destes últimos dois anos, dá para entender o nosso medo.
Quando explodiu o caso do Waldomiro Diniz, as autoridades estavam na obrigação de investigar tudo e dar uma punição exemplar. O que se viu? Uma porção de manobras para encobrir os fatos e manter os esquemas intocáveis. E qual foi a reação do povo? Nenhuma.
Roubaram uma flor de nosso jardim, a flor da decência, da dignidade, da ética, e nós não dissemos nada!
Quando, da noite para o dia, dezenas de deputados largaram suas legendas e se bandearam para as hostes do governo, era preciso explicar tão misteriosa adesão. O que se viu? Uma descarada e desafiadora alegria no alto comando do País! E qual foi a reação do povo? Nenhuma. Eles nem se esconderam. Pisaram em nossas flores, mataram o cão que nos podia defender. E nós não dissemos nada!
Quando um parlamentar, que integrava a tal maioria, veio denunciar o uso de recursos públicos, desviados de forma indecente, com a conivência dos altos ocupantes do governo, provando que a direção do PT e do governo sabiam de tudo e de tudo se haviam aproveitado, qual foi a reação do povo? Nenhuma.
Eles nem se importaram com o fato de terem sido descobertos. O mais frágil deles entrou em nossa vida, roubou a luz de nossas esperanças e, conhecendo o nosso medo, ainda se deu ao luxo de arrancar a nossa voz da garganta.
Será que vamos aceitar? Não vamos dizer nada? Será que o povo brasileiro perdeu de vez a sua capacidade de se indignar? A sua capacidade de discernir? A sua capacidade de punir?
Acho que não. Torço para que isso não esteja acontecendo. Sinto, por onde ando e por onde vou, que lá no mar alto uma onda de nojo está crescendo, avolumando-se, preparando-se para chegar e afogar esses aventureiros. Não se trata, simplesmente, de uma questão eleitoral. Não se cuida apenas de ganhar uma eleição. O importante é não perder a alma. O direito de sonhar. A vontade de viver melhor.
Colocar este momento como uma simples luta entre governo e oposição é muito pouco. E derrotá-los, simplesmente, também é muito pouco, diante do crime que eles praticaram contra as esperanças de um povo de boa-fé.
O que vai hoje na alma das pessoas é o corajoso sentimento de que é preciso vencer o pavor e o pânico diante da audácia dessa gente, não permitindo que eles nos calem para sempre. Se não forem enfrentados, se não forem punidos, se seus métodos e processos não forem repudiados, nosso futuro terá sido roubado. Nossa voz terá sido arrancada de nossa garganta.
E já não poderemos dizer nada.
Sandra Cavalcanti - é professora, foi deputada federal constituinte, secretária de Serviços Sociais no governo Lacerda, fundadora e presidente do BNH.

O povo sempre foi massa de manobra

Se realmente nosso povo fosse politizado e tivesse interesse em valorizar a cidadania não precisariamos da Lei Ficha Limpa. Agora, se essa lei for, como tantas outras, desmoralizada, podem se preparar para a manutenção na política de muita gente mais suja do que pau de galinheiro. Lamentavelmente, ainda tá cheio de gente por ai doidinha para vender o voto. O pessoal coloca adesivo no carro para dizer que "Comprar Voto é Crime" mas não põe adesivo de que vender voto é crime. Alguém já viu eleitor preso por vender o voto?
A Lei do Ficha Limpa é a demonstração clara de que o eleitorado é massa de manobra que votaria de bom grado nesse bando se sanguessugas sem recebesse alguma quirela por isso. Um povo consciente de sua cidadania não precisaria de uma lei dessas. Mais do que impedir essa catráia de se candidatar, a Justiça deveria agir mais rapidamente para puní-los com cadeia e com a devolução de tudo que já roubaram através da política.

Fezinha garantida

Os bons reflexos da queda na alta cúpula dos Correios já pode ser sentida na capital rondoniense. Os bilhetes da Loteria Federal voltaram no dia de ontem às lotéricas. O rondoniense ficou quase 20 dias sem poder fazer a sua tradiconal fezinha na esperança de acertar o milhar.

Empurrão final

Já tem data garantinda para o empurrão final no monopólio (disfarçado em consórcio) do transporte coletivo da cidade de Porto Velho, capital rondoniense. O dia 23 de agosto está acertado como dia "D" para o extermínio desse cancro antigo que sobrevive certamente a peso de óbulos dados os babalaorixás da política municipal portovelhense. Nesse dia deve acontecer a segunda votação da projeto de lei de autoria do vereador José Hermínio Coelho, modificando a Lei Orgânica do Município. Ela passará a exigir a participação de no mínimo 3 empresas na prestação desse serviço. O prefeito não terá, se aprovada a lei, competência para vetá-la como certamente desejaria. Pode até tentar não cumprir essa nova decisão da Câmara Municipal, mas corre o risco de responder por crime de responsabilidade.

Candidato assina atestado de incompetente

Por estas bandas do Brasil acontece coisa extremamente bizarra. Tem essa do candidato a deputado federal, recentemente mergulhado na sorte de se tornar milionário como felizardo ganhador da loteria. Esse cara que nasceu virado prá lua andou espalhando na mídia que trabalhou 15 anos de graça para uma outra figura mais do que conhecida no mundo dos trambiques, como escriba de seu jornalão. E depois de tantos anos "dando tudo" para o homem, ainda comprou, com parte do prêmio da loteria, máquinas apodrecidas de um projeto falido em Brasília, por ter caido no truque de madame preparado pelo antigo "patrão"  ou "dono" dessa figura mimetizada. Ora, no mundo das bibas surge uma pergunta carregada de dúvidas: Qual eleitor teria coragem de votar num candidato que não soube defender seu próprio direito como empregado, durante mais de 15 anos, para representar os interesses do povo e do estado na Câmara de Brasília?

As nossas figuras carimbadas

Até a figuras carimbadas do folclore político rondoniense não estão conseguindo espaço para aparecer nesse sistema de política cada vez mais burocratizada e cada vez mais desfigurado daquilo que já foi a política nesse país.
Se no passado, com peitos à mostra não deu, agora tá mais difícil.
Mas elas (as figuras carimbadas) estão por ai e, quem sabe sejam lembradas até o final da eleição. É claro que a "Cicciolina de Rondônia" já não tem mais as tetas com que debutou nas disputas eleitorais. Mesmo assim ainda deve ter aquela tendência especial para a galhofa das roupas estravagantes ou do mo de se portar na esperança de cativar o eleitor. Certamente, essas figuras não ganharão nunca, mas ajudam a minimizar uma eleição cada vez mais sem graça.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Um novo produto no mercado: avarias

Certamente não deve existir nada mais exótico no mercado consumidor. Em Porto Velho, capital rondoniense, se produz uma publicidade bizarra, que é uma porcaria. Nao é mentira. Aqui um anúncio de varejo que sai na TV anuncia a venda de "avaria" a preço promocional. Não se sabe se por peso, por unidade ou por metro. E ainda tem gente chamando isso de "Agência de Publicidade". Certamente que no meio da disputa eleitoral tem um monte de "avarias" doidas para conseguir uma boquinha...

Falha dos Correios reduz sorte de Porto Velho

A bagunça em que se transformou os Correios acabou reduzindo as chances dos rondonienses em faturar a loteria. O caos da instituição fez sumir das lotéricas do estado os bilhetes da Loteria Federal. Com isso, que acorda com um palpite quente só tem a alternativa do Jogo do Bicho para arriscar a sorte. Ainda bem que o bicho é um jogo completamente liberado em Rondônia com cambista em várias esquinas de Porto Velho.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Lei de Hermínio abalou o monopólio do transporte

De uma certa maneira os moradores de Porto Velho, a bagunçada capital rondoniense, amanheceram nesse dia de hoje com a alma lavada. A decisão da Câmara Municipal ontem, segunda-feira, abalroou o famigerado consórcio (de duas empresas) que detinha o monopólio do serviço público do transporte coletivo.
Foi mais do que merecido os aplausos das pessoas que lotaram a galeria da Casa durante o debate público em torno do assunto para o presidente da Casa, vereador José Hermínio autor da proposta mudando a Lei Orgânica do Município, para tornar proibir que o serviço de transporte urbano se faça por consórcio de empresas.
Com a modificação, o transporte coletivo urbano de Porto Velho terá de ter no mínimo a participação de 3 empresas.
Hermínio, mais uma vez demonstrou sua coragem em agir em sintonia com o povo e não com o prefeito, que é de seu partido, mais preocupado em atender as ordéns dos empresários que ao longo dos anos dominaram o setor, tido como um dos cancros da capital.
Falta mais uma votação para a aprovação final da matéria. Mas isso são favas contadas.
Dessa vez a pressão popular foi tão grande que até a "Queridinha do Prefeito", a vereadora Epifânia, teve de votar a favor do povo.

Monopólio do transporte urbano com dias contados

Nesse dia 10, quando estou completando mais um ano de vida, a população da capital rondoniense, Porto Velho, está de alma lavada e certamente outra vez agradecida ao vereador Hermínio Coelho. Mesmo sendo do PT, partido do prefeito Roberto Sobrinho, o vereador mostrou estar afinado com o povo e não com os interesses do coordenador da campanha de Valverde rumo ao Palácio Getúlio Vargas.
A luta foi difícil. Vem sendo travada a um ano. Hermínio enfrentou, por sua iniciativa, fortes pressões e críticas de vereadores de seu próprio partido, como o Cláudio Carvalho. Mas agora, no dia 9, graças à pressão popular, até a "queridinha do prefeito", como é conhecida a vereadora Epifânia, votou contra a manautenção do monopólio do transporte coletivo de Porto Velho.
Os "donos" dessas empresas dominam o setor há anos. Ultimamente se organizaram num consórcio, atuando como verdadeira monopólio.
A proposta de Hermínio modifica a Lei Orgânica do Município proibindo que o serviço do transporte público seja realizado por menos de três empresas. A esperança é que o "cancro" responsável por um dos piores serviços de transporte público e um dos mais caros do país seja finalmente estirpado.
Com mais essa vitória, José Hermínio soma ao seu currículum outra ação verdadeiramente favorável à população. Ele já mexeu em muitos vespeiros, como a balsa (que foi obrigada a parar de cobrar tarifas de travessia no Rio Madeira para pedestres); como a introdução dos mototaxistas na cidade; o fim das máfias que dominavam o segmento dos táxis, onde tinha gente que era "dona" de dezenas de concessões, ou placas, entre muitas outras iniciativas que se transformaram em Lei.
Certamente José Hermínio deverá ter mais uma vez o reconhecimento da população nesse pleito eleitoral.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Poule de Dez

Carlos Magno: um homem de sorte. A caminho da Câmara.
Se até entre as flores há diferença na sorte, também na política esse é o jogo. No auge da "Operação Dominó" o ex-prefeito de Ouro Preto, Carlos Magno, acabou dividindo com o ex-presidente da Assembléia Legislativa, Carlão de Oliveira, uma cela no Centro de Correição da Polícia Militar, isso depois de uma longa estadia na Polícia Federal. Mas a má sorte do Carlos Magno acabou. Todo mundo que anda por sua região aponta seu nome como um dos eleitos para a Câmara Federal em 3 de outubro. Carlão de Oliveira de Oliveira ainda não escapou da urubucubaca. Ele queria voltar à Assembléia Legislativa mas seu nome foi barrado por conta da Lei Ficha Limpa. E olha que Carlão de Oliveira hoje é, como se fala, um novo convertido numa dessas seitas evangélicas com alto poder eleitoral. Vai ter de continuar rezando, embora haja assombrações rodeando seu pedaço!

Sem gasto e sem campanha

Sussuarana: o "duro".
Certamente o candidato do PSOL ao governo rondoniense não dexará de ser mero coadjuvante. Ele, como informou o próprio TRE, foi o único que não gastou nada até agora. Também não conseguiu arrecadar nada. A não ser que seus colegas façam uma vaquinha, o professor Sussuarana vai manter a caminhada até o dia três de outubro apenas a pão de água... Impressionante. Enquanto isso o candidato tucano ainda espalha prá todo lado que ele é quem faz, em Rondônia, a campanha do "tostão contra o milhão".

Gentileza de candidato

O pessoal parece não acreditar na capacidade da Justiça Eleitoral em fiscalizar as ações dos candidatos na captação do voto. Deve ser por isso que um camarada ligado a uma central de trabalhadores, em disputa por uma vaga na Câmara Federal, anda oferecendo a eleitores da periferia esses "mimos" tão aprecidados, como é o jogo de camisa, a bola e até um pouco de bebida (Didyo e cerveja), que ninguém é de ferro. Um pessoalzinho que mora atrás da Escola Eloisa Bentes Ramos foi contemplado com o mimo e lançava o novo grito de guerra: "I, tá, mar!", para dizer que tava tudo dominado.

Sinalização perigosa se o TRE investigar

Quem manja do riscado, acha o risco muito grande o sistema encontrado para fortalecer, com muita grana, uma das candidaturas a deputado estadual de interesse do prefeito do PT da capital rondoniense. Há um grande frisson na torcida para que haja uma investigação na destinação da grana preta "doada" a título de compensação pelo consórcio das empresas que constrói uma da usinas hidrelétricas do Rio Madeira. A grana deveria pagar a confecção de placas de sinalização do caótico trânsito da cidade. Consta que a empresa contratada para o serviço (sem licitação, é claro) aceitou repassar parte da bufunfa para um candidato ligadíssimo ao alcaide e com tentáculos poderosíssimo no setor de transporte e trânsito. Se, afirmam pessoas bem informadas, alguém procurar investigar como se torra o tal dinheiro dado pelas empresas construtoras das hidrelétricas, vai ver que a história do Alibabá é revivida com requintes de esperteza superior aos personagens desse conto oriental.

Bricandeira uma ova

Melki: Senado impossível
O pessoal da política rondoniense pego pelo laço das impugnações no TRE estão espalhando entre seus correligionários, principalmente entre aqueles que metem a mão na carteira para financiar a campanha, que o impedimento é apenas uma questão burocrática, a ser consertada em Brasília. Mas a situação não é bem assim não. Em certos casos, uma candidatura alvejada pela ação do TRE não vale mais um tostão furado. Já tem gente ai urrando, porque com a decisão sumiram os financiadores. E, é claro, também vai sumir eleitores, principalmente aqueles que tem medo de votar e ver o candidato indo prô vinagre. Eu pessoalmente, mesmo sabendo que nesse país coisas do arco da velha acontecem para proteger mau caráter, não apostaria nada na salvação do candidato ao senado Melki Donadon e na dos seus irmãos deputados.