quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Fim da linha

Depois ainda querem fazer anedotas ridicularizando português. Veja se dá para levar a sério a terra dos petralhas: a Anvisa, publicou resolução no Diário Oficial da União determinando que, em estabelecimentos públicos de saúde, os profissionais passem álcool nas mãos antes de atender aos pacientes. Ora, o que imaginar da saúde pública num país em que a Anvisa tem de publicar no DOU  resolução obrigando hospitais públicos e unidades de saúde a usarem álcool para higienização, inclusive pelos profissionais da área quando em atendimento aos pacientes. Se providências mínimas de higiene precisam ser publicadas no Diário Oficial, certamente que o Brasil está bem perto do fim da linha, infelizmente. E ainda vem candidato, como o tal do Confúcio, até recentemente um desconhecido prefeito de uma desconhecida cidade (em termos de Brasil) dizer que é o bambambã da Saúde.

Programas às favas

É impressionante ver como o povo gosta de cair no conto vigário. Tô cheio de ver o cara ficar falando da falta de programa de governo desse ou daquele candidato, como se programa de governo valesse alguma coisa. No caso dessa capital de Rondônia, é bom lembrar que para ganhar a prefeitura da capital o pinoquiano Robeto Sobrinho meteu no tal "programa" a duplicação da rua Vieira Cahulla, a retificação do Igarapé que passa nos fundos da rodoviária e mais um monte de coisas, inclusive a construção do hospital municipal.
Tudo conversa fiada. O prefeito está na metade do segundo mandato e não terminou nenhuma dessas obras, embora tenha torrado milhões com empreiteiras que, segundo consta, veio para cá com as benções da turma do Zé Dirceu. E nada, mas nadinha mesmo, aconteceu até agora por qualquer tipo de ação do Ministério Público ou de qualquer outro órgão que deveria zelar pela integridade do tesouro público. A verdade é que "os home" torram, com ou seu programa de governo, a grande pública como se fôsse deles. Sabem que ainda vivemos no país da impunidade.

Tranquilidade ou o caos

Nos últimos oitos da vida em Porto Velho, estado de Rondônia, a maior parte de sua população conseguiu viver de uma forma mais decente, a ponto de estar meia esquecida do caos dos anos anteriores. A principal categoria que vive de salários - os servidores - passaram a receber seus salários dentro do mês trabalhado e pode, com isso, viver com mais tranquilidade, principalmente pelo afastamento das ameaças de perder o emprego, um fato acontecido durante o governo de José de Abreu Bianco, responsável pela degola de mais de 10 mil servidores (meros barnabés) com a desculpa de diminuir os gastos do estado.
Pois bem, exatamente aqueles que quando estiveram no governo do estado não geraram novos empregos, provocaram demissão em massa, não pagavam salários em dia e nem tão pouco os fornecedores do estado que não se sujeitavam ao deságio (para as caixinhas da corrupção), estão querendo voltar. Tomara que o tsunami na vida rondoniense seja evitado... Tomara que nossa gente continue por muitos novos anos a ter dinheiro para ir ao supermercado, para pagar as contas em dia e para cuidar com dignidade de suas famílias. É bom lembrar que as urnas nem sempre produziram os melhores resultados!

Mais um grande

Uma fonte das mais bem informadas do mundo econômico me disse agora, nessa reta final da corrida sucessória, que uma importante rede do varejo, uma multinacional americana, está completamente interessada em implantar aqui em Porto Velho uma loja de seu famoso hipermercado. Se, disse a fonte, João Cahulla confirmar a continuidade do mandato, essa rede multinacional deve se estabelecer ainda no próximo ano. Caso o resultado eleitoral seja diferente, os executivos dessa rede de hiper-mercados vai esperar mais um tempo para ver os rumos que a administração vai tomar.

Edição atrasada

Deveria estar circulando desde o último dia 25 a edição 135 do jornal Imprensa Popular. Ela marca o 9º aniversário de fundação da versão impressa, primeiro jornal de grande tiragem rondoniense, com distribuição gratuita. Pois é, como disse, deu xabu. O jornal só começa a circular prá valer nesse dia 28. Não, não foi censura eleitoral e nem nada. É que vivemos nesse jovem e promissor estado, onde a prestação de serviço ainda está muito longe do desejável. Foram erros sucessivos praticados pelo nosso fornecedor de fotolitos. Certamente, mesmo com atraso, o jornal não perderá seu tom polemista.

Uma aventura difícil

Não precisa me olhar de rabo de olho, não. Realmente este blog não passa de uma aventura difícil, uma coisa inventada pelo meu amado e genial filho Aldrin, para estimular o pai sexagenário. Não estão conseguindo cumprir aquilo que prometi a ele: a atualização diária, a análise dos fatos que estão emoldurando essa eleição, uma das piores que assisti ao longo dos anos. Bem! aqui estou novamente atualizando esse espaço neste final de corrida que certamente pouca coisa mostrará de novo na "guerra" pelo Poder. Mais uma vez relembro o que tantas vezes escrevi: Fora do Poder não há Salvaçãio.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Senadora Fátima continua vingativa

Dona Fátima, como eu já escrevi tantas vezes, não aprendeu praticamente nada no Senado em termos de fazer política e por isso, como está demonstrando, terminará seu mandato caminhando na contramão da realidade eleitoral rondoniense, sentenciando sua distância futura dos próximos embates eleitorais.
Não é que dona Fátima seja uma pessoa ruim. Não acredito. É, sim, orientada por pessoas medíocres e carreiristas quem, com sua má influência, acabam colocando em dona Fátima o rótulo de vingativa.
Dona Fátima sempre quis o poder e tentava ser o pardigma da ética. Companheiros seus sentiram sua ira e tiveram de abandonar o PT. Caso, por exemplo, de Daniel Pereira, Klosinski (que viu sua carreira desandar) entre vários outros sacrificados pela intransigente dama do PT.
Dona Fátima queria ser governadora. Como não conseguiu a indicação do partido, acabou passando a bola para o prefeito de Porto Velho, a capital de Rondônia.
Fátima provou que não tinha cacife para mais nada, muito menos para negociar uma candidatura que acabou no colo de Valverde.
O prefeito da capital, Roberto Sobrinho, nunca foi líder popular. Ganhou duas eleições num esquema carreirista que só poderia funcionar na carona da política de Lula. Vai ficar sem mandato e deve cair no ostracismo.
Agora vem a derrotadíssima Fátima Cleide tentar no tapetão derrubar a decisão do eleitorado rondoniense. Ela deveria saber que suas chances são praticamente nulas. Essa tentativa é na verdade um desrespeito com o povo do estado e apenas uma ato de vingança contro o eleitorado que encerrou sua carreira no Senado.
Se continuar caindo nesse nível na política do estado, dona Fátima poderá arquivar o sonho que deve nutrir de vir a disputar a prefeitura de Porto Velho no próximo pleito municipal. Vai virar a candidata-poste que só chegou ao Senado na carona de Lula.

O triste fim do outrora poderoso Amir Lando

Conheci Amir Lando em seu "debu" político. Na Assembléia Legislativa, na primeira legislatura de Rondônia, ele foi certamente um dos maiores oradores (talvez ficasse abaixo somente de Tomas Correia) que passaram pela Assembléia Legislativa. A primeira decepção que tive com o Amir foi quando ele mostrou-se incompetente para continuar na Casa Civil do governo do Estado.
Mas Amir Lando sempre foi uma homem de muita sorte. Fez fortuna em Rondônia, chegou ao Senado pela primeira vez sem votos, ganhou notoriedade e respeitabilidade ao ficar conhecido no Brasil como "o homem que cassou Fernando Collor" e chegou a ser o Ministro da Previdência, onde ficará apenas lembrado como "mais um" que ocupou a pasta.
Pois é, o todo poderoso Amir Lando poderia encerrar sua vida com essa brilhante curriculo. Ele parecia resignado a isso. Após o seu último revez eleitoral deixou Rondônia e foi morar em Brasília. Vendeú até mesmo sua velha casa na Avenida Calama. Ninguém imaginava que Amir tentasse voltar ao cenário da vida pública no Estado.
Mas Amir é um daqules políticos que nunca gostou de calçar as sandálias da humildade. E veio para cá nesse ano apenas com o obejtivo de conseguir um novo mandato, de deputado federal, algo que para quem analisa o cenário do estado era de todo improvável.
Fez uma campanha gigantesca. Sustentou várias candidaturas de deputados estaduais (inclusive a do mais votado, Zequinha Araujo) e, ele mesmo, colheu o esperado insucesso. Amir que já quiz ser candidato a governador de Rondônia e desistiu colocando no sufoco o ex-deputado Natanael Silva, parece não ter a mais remota possibiliade de voltar à vida pública com os votos de Rondônia.
Mas ele, assim como José Guedes, deverá tentar outra vez, até usar o simancol para compreender que é carta fora do baralho.

Expedito continua agindo açodadamente

O derrotadíssimo candidato tucano, ex-senador cassado pela compra de votos, Expedito Júnior, continua demonstrando sua tendência a agir açodadamente para demonstrar, talvez, sua ira contra Ivo Cassol, senador eleito com a segunda maior votação no Estado de Rondônia.
De nada valeu o apoio recebido no passado recente do ex-governador Ivo, com o qual Expedito conseguiu sua última vitória eleitoral e também cargos importantes para seus parentes na máquina pública do estado (sua mulher foi secretária de Estado por um longo tempo). Agora, sem mandato e incluido (ainda) na relação dos políticos barrados pela lei Ficha Limpa, Expedito já declara apoio irrestrito a Confúcio Moura, o candidato do PMDB que chegou ao 2º turno com a maior votação.
Se estivesse imune aos efeitos da ressaca da derrota, Expedito iria lembrar que a pressa não é boa companheira para um decisão desse porte. Ora, o PSDB não poderá dar apoio a um candidato que terá como obrigação pedir votos para Dilma e desconstruir José Serra, o candidato tucano que disputa a presidência da República nesse segundo turno.
O apressado come cru. Foi por não lembrar disso que Expedito sofrerá, por vários anos, os efeitos de seu açodamento. Por ser, ainda, uma pessoal jovem poderá (quem sabe) retornar ainda à vida pública rondoniense ou então repetirá o epílogo tristonho de outros personagens que não compreenderam as filigranas da vida pública, como José Guedes e até o ex-Ministro Amir Lando.

A amnésia eleitoral favoreceu confúcio

Certamente o governador João Cahulla e seu mentor principal na política, o senador eleito Ivo Cassol, não esperavam o resultado eleitoral do último dia três de outubro. Na entrevista dada à imprensa, no Rondon Pálace Hotel, nenhum dos dois políticos reconheceram a má qualidade de seu marketing eleitoral, que resultou numa votação abaixo do esperado para o governador que tenta a reeleição e para Ivo Cassol - que deveria ter uma vitória histórica - que foi eleito com menos voto do que Valdir Raupp, o promotor principal da candidatura de Confúcio, que chegou em primeiro lugar ao segundo turno.
Em nenhum momento o marketing de Cahulla e Ivo levou em consideração a amnésia eleitoral dos rondonienses. Deixaram de lembrar o quanto o governo de Valdir Raupp foi nefasto para o Estado, não só pelos costumeiros atrasos no pagamento dos servidores, para também por ter permitido a perda de importantes ícones do estado, como a Ceron e o Beron. A administração de Raupp só foi maravilhosa para seus parentes e amigos muito próximos que conseguiram acertar economicamente suas vidas.
Enquanto o programa eleitoral de Valdir Raupp teve uma produção cinematográfica, a do "Senador do Povo" não passava de uma produção chinfrin e provinciana. Então, o resultado da disputa eleitoral não poderia ser outro.
Confúcio, que é médico, martelou durante toda a campanha o drama do hospital regional de Cacoal, atribuindo ao governo de Ivo Cassol responsabilidade por sua demora na construção. Foi ajudado nisso pelos outros candidatos, incluindo ai até Expedito Júnior que enquanto foi Senador integrou o governo representado por João Cahulla, dele obtendo todas as benesses. É claro que os outros dois candidatos, Valverde e o inexpressivo representante do PSOL, também engrossaram a cantilena...
Como a produção e o marketing de Cassol e Cahulla ficou abaixo da crítica, não soube responder às críticas e acusações. Ora, no caso do Hospital Regional de Cacoal, o programa do "Senador do Povo" e de Cahulla "esqueceu" de contar para a população que a obra virou "um elefante branco" exatamente no governo Raupp, quando atuou fortemente nos desvios da grana destinada aquele hospital - conforme mostrou na época a imprensa - um certo senador "anão do orçamento", que dava as cartas no PMDB rondoniense, e um time de políticos altamente suspeitos do Acre, ligados à empreiteira que também acabou inviabilizando a construção do Teatro Estadual.
A retomada das obras do Hospital e do Teatro só aconteceu no governo Cassol. Essa é a realidade desse assunto que, pela incompetência dos marqueteiros cassolistas, acabou virando truque de madame graças à amnésia do eleitorado rondoniense.
Se Cahulla não mudar radicalmente sua tática e seu marketing será muito difícil reverter a condição de liderança obtida pelo candidato do PMDB no primeiro turno!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Largada para 2º turno de Confúcio teve comando de derrotado político

O candidato ao governo de Rondônia pelo PMDB, o inefavel ex-prefeito de Ariquemes, Confúcio Moura, deve ficar cercado nesse segundo turno por fanatizados cabos eleitorais saídos das listas de políticos derrotados nos últimos anos em Porto Velho.
O grito da arrancada para o 2º turno foi dado na tardinha da terça-feira (5), no sede social e recreativa do Sindsef, sindicato dominado por um segmento partidário do PDT, na avenida Rio de Janeiro, na Nova Porto Velho.
Quem esteve à frente do evento foi o ex-vereador derrotado nas urnas, professor Mário Jorge, idealizador de um tal "MR-12"  que, como o próprio disse, é um (acredite se quiser) "movimento revolucionário do PDT. Ora, o PDT rondoniense nunca foi lá uma "brastemp" e nunca seguiu, prá valer o socialismo moreno de Brizola. É, na verdade, um partido praticamente de propriedade do clã Gurgacz (os donos do grupo Eucatur). Seria patético acreditar em alguma coisa revolucionária vinda desse partido. Mas nem por isso o professor Mário Jorge deixou de comandar o palanque de Confúcio, certamente imaginando como tantos outros derrotados políticos uma novo espaço, uma nova boquinha num suposto governo do médico de Ariquemes.
No palco onde Confúcio foi obrigado a ouvir discursos altamente ofensivos ao atual governo e críticas acerosas à liderança do senador eleito Ivo Cassol estavam os praticamente "mortos eleitoralmente", como o ex-prefeito José Guedes (carregando mais uma derrota nas urnas), Silvernani Santos e até o ex-senador, ministro e homem que cassou Collor, o Amir Lando, que teve uma péssima votação nesse ano, mostrando que o povo cansou-se de sua figura política.
Apenas um nome de expressão e de verdadeiro prestígio político no Estado esteve no palco de Confúcio: a deputada Marinha Raupp, a mais votada numa disputa parlamentar em Rondônia.
Nem por isso os derrotados deixaram de proclamar em seus discursos o ufanismo de quem acredita que a liderança do grupo de Cassol acabou no primeiro turno de 3 de outubro.

Cassol pretende esclarecer melhor o eleitorado

O senador eleito (e ex-governador) Ivo Cassol, considera que faltou explorar mais os pontos fracos dos adversários na campanha eleitoral que terminou em 3 de outubro. Por isso, crê, sua votação não foi como esperavam boa parte dos analistas do cenário político, a maior. Valdir Raupp superou em dezenas de milhares de votos Ivo Cassol, certamente um governador muito melhor do que foi Raupp.
Para ele nessa campanha do segundo turno é preciso deixar muito claro para a população a diferença entre o que foi o seu governo e o último governo do PMDB.
Cassol não acredita que o povo queira de volta o tempo dos salários atrasados, do "frangogate" da falência do patrimonio do estado, como ocorreu com o Banco Beron e com a Ceron. Se tudo isso e muito mais fosse relembrado no primeiro turno da campanha, os números da eleição seriam diferente, entende Ivo Cassol.

Cahulla deve mudar campanha do segundo turno

Daqui a 27 dias o governador João Cahulla e o povo vai descobrir se as mudanças nos rumos da campanha sucessória pelo governo do Estado valeram. Na entrevista que deu à imprensa na tarde de ontem no Rondon Palace Hotel, o candidato à reeleição (sem nunca ter sido eleito, é bom que se diga, ao governo) descobrirá se as mudanças de táticas e estratégias na sua campanha (inclusive no marketing) surtiram os efeitos desejados.
João Cahulla estava acompanhado de seu vice, Tiziu Gidalias, do senador eleito Ivo Cassol e do deputado estadual mais votado, Valter Araujo.
Ele fez um longo, repetitivo e enfadonho discurso para os jornalistas presentes, ilustrando sua satisfação de estar na campanha do segundo turno, quando terá de derrotar o ex-prefeito de Ariquemes, Confúcio Moura, para continuar governador. E a explicação era a seguinte: "Quando cheguei a Rondônia os meus adversários já eram nomes importantes na política do estado e eu, um homem simples do interior, cheguei aqui, ombro a ombro com eles".
Mesmo com essa satisfação de chegar ao segundo turno com muito menos votos do que seu concorrente, João Cahulla quer é se tornar vitorioso. Ele pretende fazer mudanças na campanha mas não deu detalhes sobre isso.
Não se sabe se haverá modificação na equipe de marqueting e produção de seus programas. Para o candidato João Cahulla sua campanha foi prejudicada pelo menor tempo de de televisão e também pelo alto índice de abstenção verificado no interior, em função das chuvas, precisamente nas regiões onde teria seu maior eleitorado.

domingo, 3 de outubro de 2010

Uma nova eleição

Em termos da disputa para a presidência da República, só quase ao final do domingo dará para saber se haverá mesmo um segundo turno. As últimas pesquisas (ora as pesquisas!) apontavam a vitória de Dilma no primeiro turno. Acreditar em pesquisa eleitoral é um direito de cada um. Se as pesquisas fossem verdadeiras não haveria necessidade de eleição.


Serra pode ir para o segundo turno e se continuar cometendo os mesmos erros da campanha no 1º turno vai perder para Lula, que neste ano atende pelo nome de Dilma.

Em Porto Velho, capital de Rondônia, muito antes do encerramento da apuração dos votos já era possível afirmar a realização de um segundo turno para a disputa do governo.

Aliás, este repórter foi o primeiro a afirmar, com base em análise do cenário político, essa situação, destacando que o senador cassado por compra de votos, Expedito Júnior, estaria fora do processo eleitoral.

E este repórter continua acreditando que na disputa do segundo turno o governador João Cahulla terá mais chances de ganhar. Todavia, precisa melhorar sua assessoria de comunicação política, especialmente na produção do seu programa eleitoral.

No primeiro turno o programa de Confúcio teve muito mais qualidade eleitoral, com finalizações mais adequadas à conquista do voto.

No segundo turno vai ganhar quem errar menos. Cahulla, que jamais disputa uma eleição, está de parabéns. Mostrou facilidade para conversar com a população simples do Estado e soube entender os recados eleitorais dado pelo senador Ivo Cassol (ele já podia se chamado assim mesmo antes do resultado das urnas), seu tutor político e mais importante cabo eleitoral.

Fora da disputa, Expedito deve parar, agora, de se fazer de vítima ou de perseguido. Foi derrotado por falta de uma assessoria política de qualidade ao longo de sua vida pública (sempre se cercou de puxa-sacos) e por ter “cuspido” no prato que comeu. Mesmo fora da disputa, terá importância no final do processo, se decidir colocar sua liderança para apoiar um dos dois candidatos nessa etapa final da disputa.

Expedito precisa ter humildade para fugir dessa vocação para a tragédia política. Quando disputou o primeiro mandato para federal acabou dançando por que votos seus foram dados a um garimpeiro que tinha disputado com o nome de Júnior e, com isso, quem ficou com o seu mandato foi coronel Arnaldo Martins, de Vilhena, que tinha sido deputado estadual na primeira legislatura rondoniense.

Se fizer campanha contra colocou-o no senado, deu emprego para muitos de seus parentes e até mesmo o cargo de secretária para sua mulher, Expedito corre o risco de se inviabilizar para a vida pública em Rondônia.

Fátima errou muito e encerrou precocemente a carreira

Estou escrevendo esta nota antes do encerramento da votação. O resultado das urnas confirmará o que tantas vezes escrevi sobre essa professorinha que morava, quando era apenas um militante de seu partido, no 4 de Janeiro. Ele será senadora de um mandato só. Horas antes do fim da eleição, Fátima Cleide deu entrevista mostrando otimismo, baseado em grandes carreatas promovidas pelo coordenador das campanhas majoritárias do PT em Rondônia.


A realidade sempre foi outra: Fátima está encerrando sua carreira. Sem uma orientação política de qualidade, a Senadora não soube atuar no sentido de construir uma liderança popular em Rondônia. Errou na comunicação e nas táticas para chegar forte à disputa em que tentaria renovar seu mandato.

Agora não adianta chorar. Agora Fátima faz (não com tanta pressa, pois seu mandato vai até final do ano) sim, mas as malas para voltar de Brasília. Certamente, no ostracismo, Fátima vai descobrir que a “cumpanheirada” de seu mandato (todos com ótimos salários e boas mordomias) nunca foram aquela “brastemp” que ela imaginou.