quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A amnésia eleitoral favoreceu confúcio

Certamente o governador João Cahulla e seu mentor principal na política, o senador eleito Ivo Cassol, não esperavam o resultado eleitoral do último dia três de outubro. Na entrevista dada à imprensa, no Rondon Pálace Hotel, nenhum dos dois políticos reconheceram a má qualidade de seu marketing eleitoral, que resultou numa votação abaixo do esperado para o governador que tenta a reeleição e para Ivo Cassol - que deveria ter uma vitória histórica - que foi eleito com menos voto do que Valdir Raupp, o promotor principal da candidatura de Confúcio, que chegou em primeiro lugar ao segundo turno.
Em nenhum momento o marketing de Cahulla e Ivo levou em consideração a amnésia eleitoral dos rondonienses. Deixaram de lembrar o quanto o governo de Valdir Raupp foi nefasto para o Estado, não só pelos costumeiros atrasos no pagamento dos servidores, para também por ter permitido a perda de importantes ícones do estado, como a Ceron e o Beron. A administração de Raupp só foi maravilhosa para seus parentes e amigos muito próximos que conseguiram acertar economicamente suas vidas.
Enquanto o programa eleitoral de Valdir Raupp teve uma produção cinematográfica, a do "Senador do Povo" não passava de uma produção chinfrin e provinciana. Então, o resultado da disputa eleitoral não poderia ser outro.
Confúcio, que é médico, martelou durante toda a campanha o drama do hospital regional de Cacoal, atribuindo ao governo de Ivo Cassol responsabilidade por sua demora na construção. Foi ajudado nisso pelos outros candidatos, incluindo ai até Expedito Júnior que enquanto foi Senador integrou o governo representado por João Cahulla, dele obtendo todas as benesses. É claro que os outros dois candidatos, Valverde e o inexpressivo representante do PSOL, também engrossaram a cantilena...
Como a produção e o marketing de Cassol e Cahulla ficou abaixo da crítica, não soube responder às críticas e acusações. Ora, no caso do Hospital Regional de Cacoal, o programa do "Senador do Povo" e de Cahulla "esqueceu" de contar para a população que a obra virou "um elefante branco" exatamente no governo Raupp, quando atuou fortemente nos desvios da grana destinada aquele hospital - conforme mostrou na época a imprensa - um certo senador "anão do orçamento", que dava as cartas no PMDB rondoniense, e um time de políticos altamente suspeitos do Acre, ligados à empreiteira que também acabou inviabilizando a construção do Teatro Estadual.
A retomada das obras do Hospital e do Teatro só aconteceu no governo Cassol. Essa é a realidade desse assunto que, pela incompetência dos marqueteiros cassolistas, acabou virando truque de madame graças à amnésia do eleitorado rondoniense.
Se Cahulla não mudar radicalmente sua tática e seu marketing será muito difícil reverter a condição de liderança obtida pelo candidato do PMDB no primeiro turno!

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