quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Eleições: Tem gente desesperada no TCE

Um monte de pessoas colocadas no bem bom do Tribunal de Contas do Estado, nos cargos comissionados, estão preocupados com o resultado das urnas no próximo domingo. No TCE tem muita gente que entrou pelas portas dos fundos para esses cargos regiamente pagos, por indicação política. Consta que vários desses cargos foram ocupados por parentes e amigos de Expedito Júnior. Se o tucano não chegar ao governo, esse pessoal deverá ir para a guilhotina.
No gabinete de um Conselheiro que sonha em se tornar presidente do TCE caso a vitória tucana se confirme, um irmão do ex-senador tem apelado até para orixás, esperando se manter na mamata de ganhar muito mais do que funcionários concursados.
Mas há, também, agraciados de outras facções. Os ocupantes desses cargos políticos sabe que o resultado eleitoral pode mantê-lo nas mordomias garantidas com o dinheiro público e devolvê-los à rua da amargura dos derrotados.

Bloqueio de bens não impediu campanha milionária

Certamente o bloqueio dos bens do ex-presidente da Assembléia, Carlão de Oliveira, pela Justiça não modificou em nada o poderia econômico deste ex-deputado preso na operação Dominó, da Polícia Federal e com condenações do Judiciário que já ultrapassam os 60 anos de prisão.
Carlão montou esquema para voltar à vida pública nesse ano. No princípio a idéia era colocar o filho Jean Oliveira para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados enquanto ele, Carlão, disputaria uma cadeira na Assembléia Legislativa.
Barrado pela aplicação da Lei Ficha Limpa, o esquema foi modiicado. O filho Jean deixou de lado a candidatura de federal e partiu para a disputa de deputado estadual. Carlão, o pai, simplesmente desistiu de concorrer.
E foi a partir dai que a campanha de Jean tomou musculatura, repetindo a mesma aparência milionária daquela que fez para se eleger vereador.
A visibiliade foi tanta que todo mundo começou a se perguntar: de onde vem tanto dinheiro para a campanha desse mocinho, já que os bens da família estão, como garante a Justiça, bloqueados?
Ou esse bloqueio não passa de H ou alguém descobriu uma maneira de torná-lo sem efeito. Dessa maneira, certamente o Judiciário deverá investigar se a dinheirama toda não veio de um laranjal por onde andou escondido muito da grana que supostamente foi desviada e motivou a "Operação Dominó" que colocou figuraças da vida pública rondoniense na cadeia.

Confundindo a opinião pública na reta final

As mutretas na saúde em Rondônia são coisas antigas. Mas agora, nessa campanha, o tema foi usado para criar confusão na cabeça dos eleitores, notadamente pelos candidatos que se uniram no propósito de desconstruir a liderança de Ivo Cassol no Estado.
É claro que a Saúde um drama em todo o Brasil. Certamente a saúde rondoniense também tem muito que avançar. Mas ela não pior do que é a situação na maioria dos estados.
CACOAL
Sem reconhecer o alto volume de investimentos na Saúde rondoniense feita pelo governo estadual nos principais hospitais públicos, os adversários de João Cahulla e Ivo Cassol usaram o chamado Hospital Regional de Cacoal (ainda sem funcionar) como exemplo do fracasso do governo neste setor.
Confúcio mesmo, que é médico, atribuiu com todas as letras, ao governo Cassol a responsabilidade pela falta de funcionamento do tal hospital.
Ora, qualquer pessoa medianamente informada, sabe que os problemas com as obras do Hospital Regional de Cacoal começaram no último governo do PMDB, quando o atual senador Valdir Raupp era o chefe do executivo estadual.
Os nomes envolvidos naquilo que se transformou no escândalo do Hospital Regional de Cacoal eram proceres do PMDB do mesmo Confúcio que já deve ter esquecido do senador falecido Ronaldo Aragão, que ficou conhecido em todo o Brasil como anão do orçamento.
PORTO VELHO
Já em Porto Velho a maior falência do sistema público da saúde deve ser creditada exatamente à administração do PT, na pessoa do prefeito da capital, Roberto Sobrinho, um prestigitador acostumado a torrar milhões de reais em propaganda para "vender" a imagem de uma capital supra-sumo.
Ver o  Valverde tentar desconstruir o trabalho do governo do estado em cima de promessas e das afirmações de que Sobrinho revolucionou a saúde municipal chega a ser uma coisa que revolve o estômago da gente.
Certamente, quando passar as eleições, se Valverde pretender continuar na vida pública deverá avaliar os reflexos dos sofismas de que nutriu sua campanha, provavelmente orientado pelo prefeito-coordenador que, como tantos outros antecessores, corre o risco de cair para sempre no ostracismo quando ficar sem mandato.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Campanha termina quinta-feira

Com um papel diminuto da imprensa rondoniense a campanha eleitoral termina na próxima quinta-feira e o eleitor deverá comparecer às urnas no domingo.
O papel da imprensa nas eleições deste ano em Rondônia foi diminuto, principalmente porque prevaleceu a manipulação eleitoral atendendo aos interesses pessoais dos donos dessa mídia. Assim é que um jornalão local, ligado à família de um candidato a vice-governador estampou em sua capa da terça-feira índices de uma pesquisa colocando Confúcio Moura na liderança.
Bem, há pesquisas para todos os gostos, muitas de evidente má-qualidade e com endereço certo.
Haverá, ainda, mais um debate. Dessa vez na restransmissora da rede Globo. Não deverá modificar o cenário desse final do primeiro turno.  Aliás, pelo formato os debates também não escampam da mesma chatice do horário eleitoral e portanto registro um mínimo de audiencia.
Candidatos com chances reais de vitória aproveitam os últimos dias gastando sola de sapato e saliva para conquistar os votos que restam, principalmente na capital, onde pit-stops, caminhadas, carreatas, etc, dá a dimensão dessa corrida que apontará os vitoriosos ainda na madrugada de domingo para segunda feira.
Esse ano a novidade foi a Lei do Ficha Limpa. Seu impacto será sentido pelos candidatos sujos, políticos acostumados a usar os cargos públicos para seus próprios interesses, participando de maracutáias diversas e dos esaquemas de corrupção que  promove as riquezas feitas à base do roubo do dinheiro público.
Em Rondônia, como de resto no Brasil, muitos candidatos impugnados irão pedir votos até o último minuto da campanha, especialmente porque acreditam na impunidade contínua do país, esperando que a Lei da Ficha Limpa não tenha validade para esse ano.
Bem, o povo já sabe quem são os fichas sujas. Cabe portanto ao eleitorado mostrar a força do povo não votando, independente do futuro imediato da Lei Ficha Limpa, nesses candidatos corrompidos pelos escândalos de esbulho do dinheiro público.

sábado, 25 de setembro de 2010

Os impugnados estão fora do páreo

Em Rondônia candidatos impugnados pelo TRE e TSE não admitem estar fora do páreo, como se nutrissem de uma esperança de que ainda surgirá, a nível do Supremo Tribunal Federal uma decisão contra a aplicação da Lei da Ficha Limpa nesse ano.
Essa táboa da salvação esperada pelos candidatos considerados fichas sujas não virá. Não é apenas o candidato a governador do estado, o senador cassado por compra de votos, Expedito Júnior, que como Roriz em Brasília, foi derrubado pelo placar de empate no STF sobre a aplicação da nova lei já na campanha desse ano.
Todos aqueles que tiveram suas candidaturas barradas nos TREs e com decisões confirmadas no TSE estão definitivamente fora dessas eleições. Esse é o caso, em se tratando de Rondônia, de nomes conhecidos como o deputado Ernandes Amorim, ex-prefeita Suely Aragão e ex-prefeito Melki Donadon só para citarmos os nomes mais conhecidos dos políticos locais incluidos na relação dos inaptos para continuar na  vida pública.
Esse blog em tratando desse assunto há algum tempo, ouvindo opiniões de especialistas nesse área do direito. Foi certamente o primeiro a destacar que a Lei Ficha Limpa era constitucional e dificilmente deixaria de ser aplicada em todo o Brasil pelos TREs.
O empate no julgamento da Corte Suprema não é, como tentou dizer o Marcelo Bennesby na abertura do programa tucano de sexta-feira (24) uma vitória de quem está encalacrado com a Justiça, como era o caso de Roriz. Na verdade, o Ministro Cesar Peluzzo abriu mão de seu voto de minerva para desempatar a questão foi decretada a derrota de todos os candidatos impugnados com base na Lei da Ficha Limpa.
Ninguém pode ser proibido de sonhar, de se alimentar da esperança mais bizarra. Mas com o empate, essa é a verdade a que estarão sujeitos os fichas sujas: Fica tudo como está: vale a Lei 135,vale a súmula do TSE. Logo as impugnações votadas contra Roriz, e todos os demais candidatos fichas sujas permanecem. Por tudo isso não possui cabimento, os puxa-sacos e assessores de campanha afirmar que candidatos impugnados pela Lei Ficha Limpa poderão disputar o pleito de outubro. Não é possível. O Supremo não lhes concedeu liminar alguma.
No Brasil inteiro, apenas dois políticos disputam as eleições até o dia 3 lastreados em liminares: Garotinho, no Rio de Janeiro, e Heráclito Fortes, Senador no Piauí. Aliás, esse último com liminar concedida pelo Ministro Gilmar Mendes, do STF.
Se ao final os dois perderem o julgamento definitivo terão seus votos anulados.
O fato é que os impugnados (sem liminar) estão fora do páreo. A Justiça Eleitoral tem que retirar seus números dos mapas numéricos de votação e computação. Esta iniciativa é fundamental para evitar uma torrente de votos nulos.
Não sei se os jornalões e os demais sites rondonienses terão responsabilidade e coragem de publicar matérias nesse sentido. Os eleitores precisam de esclarecimentos sobre essa realidade para simplesmente não jogar no lixo o seu voto.

Não mudou nada. Candidatura de Expedito continua sem registro

Quem assistiu o programa eleitoral de Expedito Júnior na noite da sexta-feira (24) viu o âncora Marcelo Bennesby abrindo aquela edição como se estivesse fazendo um "editorial" em relação ao julgamento da Lei do Ficha Limpa no Supremo Tribunal Federal (que não decidiu nada) e a erodida campanha do candidato tucano ao governo. Na verdade não houve preocupação em informar o eleitorado e sim mantê-lo no mesmo engano e na mesma confusão de grande parte do eleitorado do ex-senador cassado por compra de votos.
Nada mudou em relação à candidatura de Expedito Júnior. Ele continua enquadrado na Lei do Ficha Limpa como antes e pode, como já podia, continuar participando da disputa eleitoral.
Com relação ao voto em Expedito, o eleitor deve saber que ele pode realmente não valer nada se ao final o STF entender que a aplicação da Lei do Ficha Limpa valer para este ano. Esse é o caso que decidirá o desfecho da candidatura do ex-senador cassado.
O direito de disputar a eleição está mantido para Expedito Júnior. Só que ele disputa por conta e risco próprios. Mesmo se vier a ser diplomado, caso vença, e a Lei do Ficha Limpa for reconhecida como de aplicação já para este pleito, o ex-senador não poderá tomar posse. É simples deduzir-se daí que os votos dados ao candidato tucano praticamente não valem nada.
Diante do ocorrido no Supremo, há quase um consenso de que será adota a tese defendida pelo TSE de que a Lei do Ficha Limpa deve valer já, para as eleições desse ano.
Certamente este foi um dos motivos pelo qual Claudionor Roriz desistiu de concorrer ao governo do Distrito Federal, preferindo não esperar uma outra decisão do Supremo.
Expedito - que já sofreu um imenso desgaste pela fragilidade de sua candidatura - poderia seguir o mesmo caminho de Roriz mas não deve ter uma assessoria com condições de orientá-lo dentro da realidade.

NEM A MULHER
A situação do candidato do PSDB deve ser mais crítica do que a de Roriz. Afinal ele não poderia substituir seu nome pelo de sua mulher.
Val Ferreira, a mulher de Expedito, também sofre as mesmas restrições impostas por essa nova lei. Ela está disputando uma vaga na Câmara dos Deputados com uma candidatura impugnada. Os votos dados a Val Ferreira não serão contados se sua candidatura não obtiver o registro definitivo.
Aliás, em se tratando de PSDB, nem o presidente regional do partido conseguiu escapar dessas restrições. Talvez sobre Miguel de Souza, no caso da cúpula tucana decidir pela substituição de Expedito Júnior

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Reta final: Muitos irão chorar a setença das urnas

Ainda hoje e até o momento final da votação do STF sobre a aplicação imediata ou não da Lei do Ficha Limpa muita gente estará apegado a um futuro incerto, caso o STF decida de forma a decepcionar a maioria do povo brasileiro. Para os fichas sujas, barrados nos TREs, a presumível derruba da lei que busca reduzir a participação de políticos canalhas no processo eleitoral soa como o prenúncio de uma vitória.
Não é. Mesmo se a lei não passar no Supremo Tribunal Federal ele, certamente, já provocou o estrago político e eleitoral no carreirismo político dos candidatos inaptos para a representação popular. O tamanho desse estrago poderá ser aferido daqui a 10 dias, quando os votos estiverem contados.
Com lei valendo ou não para o pleito atual, os políticos fichas sujas ficaram por demais conhecidos do povo, mais conhecidos do que imaginavam aqueles que ao longo dos anos participavam das eleições protegidos pelo manto da impunidade e da draconiana legislação que impedia a mídia de relaconá-los como políticos sujos.
Certamente, com a exposição sofrida neste pleito, os fichas sujas terão muito menos votos do que imaginavam e alguns ficarão surpresos com a sova que o povo dará nos ficha sujas nas urnas.
É claro que alguns desses políticos sujos poderão ainda conseguir uma vitória eleitoral. São aqueles com campanhas milionárias, que compram votos adoidado, manipulando os eleitores sem consciência de sua responsabilidade cidadã. Mesmo assim vamos verificar uma depuração na política do Brasil em geral.
No caso de Rondônia a parte mais importante do pleito não se definirá no dia 3 de outubro. Certamente haverá um segundo turno para a disputa do governo estadual. E segundo turno, como se sabe, é uma outra eleição, com os dois candidatos começando do zero.
Tudo indica que teremos uma disputa entre as duas  grandes lideranças do estado: ex-governador Ivo Cassol (nessa altura, senador eleito) e Valdir Raupp, senador reeleito.
Pelo que se viu nesse primeiro turno, será preciso melhorar o marketing de João Cahulla. Será necessário uma produção mais cuidada para os programas de televisão. O segundo turno é o tudo ou nada.
O candidato de Cassol deverá terminar primeiro turno dessa disputa satisfeito. Afinal saiu para uma disputa em que parecia não ter grandes chances e chegou ao segundo turno, ganhando um espaço inimaginável no cenário político rondoniense. Mas se não corrigir os erros praticados no primeiro turno, Cahulla corre um sério risco de apenas ter conseguido a sobrevida de um mês na participação dessa disputa tão marcante.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Supremo não decidiu validade da Ficha Limpa

Um pedido de vistas do ministro Dias Tóffoli adiou no Supremo Tribunal Federal a validade da aplicação da Lei Ficha Limpa no pleito desse ano. Tóffoli fez o pedido por ter encontrado dificuldades na apresentação do seu voto após a leitura do relatório de Ayres Brito, favorável à aplicação da lei.
Tóffoli se comprometeu a analisar a matéria até amanhã, dia 23. Com isso ele deverá ser o primeiro ministro a apresentar seu voto naquela corte.

Candidato ao governo tenta driblar a Justiça sobre seu patrimônio

Como acreditar num político que tenta esconder da Justiça Eleitoral o valor real e o tamanho de seu patrimônio, muitas vezes em nome de laranjas? Se ele imagina que pode enganar a Justiça Eleitoral enquanto é um mero candidato ao governo Estado o que não fará, caso eleito, contra os interesses da população?
Pois é, o candidato do PMDB, Confúcio Moura, apresenta-se nessa campanha como uma reserva moral de Rondônia, como o homem que sabe resolver todos os problemas do Estado e que não pouca críticas aos adversários, especialmente a João Cahulla, do PPS, integrante do grupo politico de Ivo Cassol.
O Confúcio esquece das tráias que estão do seu lado, como o próprio Valdir Raupp, pior governador que Rondônia já teve, em cuja a gestão se registrou o primeiro escândalo que colocou na cadeia colaboradores do primeiro escalão de seu governo.
Pois, agora nessa reta final da campanha aparece a denúncia contra o próprio Confúcio. O ex-prefeito, diz a denúncia publicada na íntegra no site rondoniagora.com onde se afirma que o candidato do PMDB omitiu pelo menos a propriedade de oito fazendas.
Consta da denúncia que Confúcio  nunca declarou que tinha uma fazenda há 32 anos de aproximadamente 3 mil hectares no município de Theobroma. A negociação rendeu ao ex-prefeito o título de recordista em recebimento de recursos do INCRA pelo programa de reforma agrária. A fazenda, na Gleba Burareiro, foi ocupada por um pequeno grupo de sem terra, sem bandeira de movimentos sociais, em 2007. No mesmo ano Confúcio Moura deu entrada ao processo de venda para a União sem jamais ter questionado a invasão na Justiça. Em 2009 os trâmites do processo foram acelerados. No dia 28 junho deste ano o INCRA registrou a compra do imóvel no cartório da Comarca de Jaru, garantindo a Confúcio Moura mais de 1 milhão e 300 mil reais por benfeitorias que se resumem a pasto e cercas. O restante do valor negociado foi repassado em Títulos da Dívida Agrária. Curioso é que antes da negociação, o fazendeiro-empresário-médico Confúcio Moura retirou 2.500 cabeças de gado, também nunca declaradas à Justiça Eleitoral.
Foi exatamente por causa da venda da fazenda de Theobroma para a União que o patrimônio do candidato do PMDB deu um salto olímpico: passou de 319 mil para 8 milhões e meio de reais no intervalo de duas eleições. Mas dados do INCRA provam que Confúcio é bem mais rico do que diz. Na declaração entregue à Justiça Eleitoral deste ano, o candidato ao governo omitiu ser dono de pelo menos mais 8 propriedades rurais.
Uma delas é a fazenda São Francisco, às margens da BR 364, entre os municípios de Ariquemes de Jaru. Confúcio Moura é dono desta propriedade rural desde 1992, como consta na certidão do imóvel registrado na Comarca de Ariquemes. Entre os meses de maio de junho de 2008, quando era prefeito, Confúcio Moura comprou mais 7 propriedades rurais, todas estão registradas no nome dele no cartório de Jaru, mas nenhuma aparece na declaração de bens entregue à Justiça. O Artigo 350 do Código Eleitoral diz que é crime “omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, para fins eleitorais”.



Confúcio estranhou ser questionado sobre essa questão e garantiu à midia que nunca teve problemas políticos com isso, reafirmando que todo o seu patrimônio foi adquirido antes de entrar na vida pública. Até agora na Justiça Eleitoral  ninguém viu nenhum problema no candidato ter supostamente escondido esse patrimônio milionário.
Segundo se informa na órbita do Ministério Público Eleitoral há uma preocupação de que no pleito em Rondônia a imoralidade e a ilegalidade não vençam a ética e transparência exigida na legislação eleitoral.
É possível, portanto, que Confúcio Moura venha a ter de explicar à Justiça Eleitoral como acumulou patrimônio tão portentoso em tão pouco tempo e como "esqueceu" de declarar tantos imóveis ao TRE.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A propaganda da Dexter é grotesca

Anunciantes (especialmente do varejo) rondoniense adoram gastar dinheiro com propaganda grotesca, principalmente na televisão. Mais do que perder dinheiro, esses "empresários" que aceitam qualquer porcaria de anúncio feito, é claro, pelas pseudo agências de publicidade de Porto Velho acabam, sem perceber, ajudando a concorrência.
Além da mania de só fazer anúncio com áudio gritado (até para vender automóvel) como se todo consumidor rondoniense não passasse de um idiota apaixonado por locutar de rodeio, a publicidade que se vê por aqui são idéias batidas, com texto ruim, atores (quando têm) péssimos, nenhuma produção, nenhuma criação. Um verdadeiro desrespeito ao consumidor. E agora, com a mania do merchandising de tudo em programas ruins, para não dizer péssimo, é um martírio ver programa com produção local nas tvs. Coitado de quem não tiver tv paga para escapar de tanta mediocridade e mau gosto!
De um modo geral a publicidade rondoniense é ruim. Porém (e sempre tem um porém) essa campanha da Dexter para vender computador com um "mané" que não é roceiro e nem capiria que fala um português com sotaque alemão deve ser a pior dos últimos tempos. É claro essa propaganda não tem motivação de venda. É uma campanha horrorosa, sem qualquer planejamento, que trata o consumidor como idiota.
Bom, é tipico de uma cidade onde uma loja batizada de "Agroboi" vende mesmo é material de construção e onde uma boutique de griffe tem o nom de "Eclipse". Imagine bem uma moda que serve para eclipsar e não para realçar a beleza da mulher... Coisas dessa Porto Velho onde o sucesso se promove aos gritos e sem sofisticação.

Trambiqueiro que deu "tomé" em rondonienses está preso

Há rondonienses endinheirados que cairam no conto de Geraldo Alves de Castro Júnior, de 47 anos, preso em Belem (PA) acusado de aplicar o golpe do aluguel de apartamentos luxuosos para a alta temporada em Fortaleza, no Ceará.
De acordo com a Polícia Civil do Pará, que prendeu o suspeito, Geraldo Alves de Castro Júnior, de 47 anos, o esquema funcionava assim: Geraldo anunciava a disponibilidade dos imóveis durante a alta temporada na cidade, juntamente com imagens e contatos via e-mail.
O golpista fez vítimas em vários estados, incluindo Rondônia, mas até o momento o nome das vítimas não foram revelados.

A dor de cabeça já começou

O palhaço Tiririca está sendo visto, em São Paulo, como o novo fenômeno eleitoral do Brasil. Esse sucesso que incomoda os políticos prifissionais começa a gerar problemas que certamente Tiririca não teria se não se metesse na política. Ao TSE o humorista declarou  não possuir nenhum bem, pois teria colocado todo o seu patrimônio em nome de terceiros, depois de responder a processos trabalhistas de sua ex-mulher.
O Ministério Público de São Paulo denunciou à Justiça o candidato Francisco Everardo Oliveira Silva (PR), o palhaço Tiririca, por falsidade ideológica. O promotor eleitoral Maurício Antonio Ribeiro Lopes pediu a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Tiririca, assim como cópias de processos contra ele que tramitam em segredo de Justiça no Ceará.

Um debate de baixíssima audiência

Na falta de uma ferramenta capaz de medir a audiência do debate realizado na noite de segunda-feira pelas tvs do ex-deputado Everton Leoni, passei um bom tempo da terça-feira conversando com o máximo de pessoas para saber quantos viram o confronto dos candidatos ao governo rondoniense. Constato, após essa dura aferição, que o esforço da TV Candelária surtiu poucos efeitos em benefício do eleitorado rondoniense em termos de mais segurança na escolha do candidato em quem votar no próximo dia 3 de outubro.
A maior parte das pessoas a quem inquiri disseram não ter visto "quase nada" do debate, porque preferiram assistir o CQC na Band. Outros afirmaram ter desligado a televisão, pela falta de brilhantismo dos candidatos e pela chatice do coordenador interessado em desfilar um estrelismo que acha que tem.
Cada um dos participantes procuraram dizer exatamente aquilo que os eleitores gostariam de ouvir e até o Sussuarana, do PSOL, procurou parecer simpático aos telespectadores.
Não houve, na opinião da maioria das pessoas com quem falei, algum candidato que empolgasse a audiência. Os candidatos de "oposição" ficaram no foco das promessas, o que desagradou aos eleitores que não depositam credibilidade nos políticos.
Expedito Júnior (aparentando preocupação com o destino de sua candidatura no Supremo Tribunal Federal) voltou a insistir naquele negócio de infância pobre, como se isso fosse garantia para eleitores dispostos a acreditar nele.
Se nesse confronto alguém esperava ver um candidato colocando seus concorrentes numa sinuca de bico, acabou frustrado. Certamente foi possível perceber que tirando João Cahulla (candidato a reeleição) e Sussuarana - que não são, na acepção do termo, políticos profissionais - os outros três (todos com vários mandatos eletivos), Eduardo Valverde, Expedito Júnior e Confúcio Moura, são muito mais experientes nesse tipo de "reality show". Pena que tudo não passou, repito, de propostas genéricas embaladas em discursos soporíferos distantes da linguagem do povo.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Parece turfe

Se na eleição de Senador a situação em Rondônia está praticamente definida, com Ivo Cassol conseguindo uma votação histórica e Valdir Raupp garantindo a reeleição como segundo mais votado, para o governo a única certeza nesses quase 10 dias que falta para a primeira votação é que deveremos ter segundo turno.
O governador João Cahulla, que disputa a reeleição, não esconde a satisfação com o crescimento de seu nome.  "Essa é uma eleição semelhante a uma corrida de cavalos. Eu comeceí lá atrás e graças ao trabalho dos companheiros e o apoio de Ivo Cassol fomos passando todo mundo, e já estamos assumindo a liderança. Com a militância que temos e com o povo demonstrando que pretende ver o crescimento de Rondônia continuar, vamos ganhar estas eleições porque continuamos nas ruas de todas as cidades, no segmento rural e empresarial de todos os municípios buscando voto por voto para ter um resultado muito melhor do que o apontado pelas pesquisas", contou Cahulla ao repórter.

Nem balançar balança

Em 60 anos de vida nunca vi um pesquisador do Ibope ou de qualquer outro instituto de pesquisa de opinião. Mas isso não quer dizer que não acredito em pesquisa, claro que não. Só não consigo compreender como é que a divulgação do mar de lama da Casa Civil do governo Lula, onde Erenice se afogou, não diminui a aceitação de Dilma Roussef. Certamente é caso para um estudo sociológico. O povo gosta de ser enganado porém (e sempre tem um porém) esse escândalo não respingar na Dilma e não reduzir seu índice de liderança eleitoral em nem um ponto, é mesmo uma coisa do "baralho".
Será que verdadeiramente o país entrou na fase de que ninguém tem nem ai com essa estória de corrupção, ética e coisas feias que como nos ensinaram nossos pais e avós não poderiam ser feitas pois provocavam vergonha e atingia a honra de todos?
Cá com os meus botões não imagino que esse povo todo que pretendia votar na Dilma aceita tudo isso numa boa ou, infaltimente, acredita que apenas com Erenice a Casa Civil se transformou num balcão de negócios.

Cassol pede humildade de colaboradores

As pesquisas mostram uma tendência consolidade de vitória do ex-governador Ivo Cassol como candidato ao Senado. Mesmo liderando em todas as pesquisas Ivo Cassol não brinca em serviço e não para de andar pelo interior e até mesmo em linhas rurais conversando com lideranças e buscando conquistar o máximo de votos em todos os segmentos da populaçãio. O ex-governador tem recomendado à sua militância humildade diante dos índices das pesquisas, "porque é preciso confirmar essa expectativa de votação nas urnas".  Aliás, humildade e sebo nas canelas é o que vem pedindo Ivo aos correligionários do candidato a governador João Cahulla que só deverá decidir o páreo no segundo turno.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Valverde não fala nada

O deputado Valverde parece estar decidido a ir até o fim dessa campanha eleitoral sem tocar, nem de passagem, na crise moral e ética do governo petista que certamente contamina de forma perigosa todo o Brasil.
O petista em toda ocasião aparece na TV falando de crise moral do governo rondoniense, uma coisa que só existe na sua cabeça mas fecha os olhos para fatos da administração do PT na capital rondoniense e para os escândalos do governo federal que tanto ama e do qual se diz íntimo.
Diante de sua "amiga" Erenice bem que o parlamentar deveria baixar sua bola. Afinal só uma ínfima minoria de rondonienses seriam bobos de acreditar em Valverde e no PT como reserva moral do país.
Certamente tem muitos petistas inspirados nas histórias da "cumpanheirada" que vai saindo rica do lamaçal morrendo de vontade de ver Valverde no poder para começar a promover suas maracutáis e ficarem ricos também. Valverde parece estar equilibrando numa perna só, imaginando que mesmo perdendo a eleição em Rondônia (como, tudo indica, deve acontecer) vai ser correndo para uma importante e bem remunerado cargo federal onde, é claro, conseguirá rendimento igual ou superior ao de deputado, para manter o padrão de vida de hoje.
Já que gosta tanto de combater "a crise moral", o candidato bem podia pautar suas opiniões também em fatos como esse da Casa Civil do governo petista, onde Erenice e companhia deitava e rolava. Afinal, o Lula nunca sabe mesmo de nada...

Escândalos escondidos

Ainda não se ouviu uma palavra da boca do candidato Confúcio Moura sobre os escândalos que abalaram o Estado de Rondonia, registrados principalmente no governo de seu, agora, amicíssimo Valdir Raupp. O candidato de Ariquemes (que somente agora aparece politicamente no Estado) gosta de fazer observações desairosoas sobre o atual governo. Ora, foi no governo de seu amigo senador que parte importante do patrimônio rondoniense foi para o vinagre, como o Beron e a Ceron.
O cândido Confúcio se cala diante do que aconteceu no governo Raupp com o Teatro Estadual de Porto Velho, obra que somente agora caminha para sua conclusão, depois do  corajoso ato do ex-governador Ivo Cassol de terminar aquilo que Raupp abandonou. E Confúcio se cala também sobre o comportamento de correligionários, como Suely Aragão, que está com sua candidatura devidamente impugnada exatamente porque não resistiu as exigências da Lei complementar da Ficha-Limpa.
Até quando o macaco não verá seu próprio rabo...

O "jus esperneandi" do candidato a governador

O candidato a governador de Rondônia pelo PSDB, o ex-senador cassado Expedito Júnior, reuniu a imprensa às 11 horas desta sexta-feira, no auditório do Aquarius Selva Hotel, em Porto Velho, para praticar o chamado direito de espernear diante da decisão do Supremo de não tomar conhecimento de seu recurso apresentado como alternativa para garantir sua candidatura na disputa.
Alguns jornalistas mais céticos sobre as possibilidades de aprovação da candidatura de Expedito chegaram a imaginar que a convocação da imprensa seria para anunciar Miguel de Souza como seu substituo.
Acabaram convencidos pelo assessor de comunicação do candidato tucano que Expedito vai lutar até o último suspiro tentando derrubar a impugnação de sua candidatura pela Lei do Ficha Limpa.
Expedito teve sua candidatura impugnada pelo TRE diante do entendimento de que seu processo de cassação do mandato de senador não transitou em julgado.
A esperança do candidato tucano agora é o reconhecimento pelo STF de que a Lei do Ficha Limpa é inconstitucional, no que se refere à sua aplicação nas eleições desse.
Acontece ela é uma Lei complementar. A Constituição está ai e diz, em seu art. 14, §9 que: "Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade, a moralidade para o exercício do mandato..." Lei Complementar nº 135/2010, art. 2º, alínea k".
Não sou advogado mas sei ler. Pelo que postei ontem e pelo o que está ai acima, penso que Expedido foi para a casa do baralho. Se continuar vai deixar seu partido - pelo menos os candidatos proporcionais - na rua da amargura. A expectativa de eleger 3 candidatos a Assembléia ficará comprometida. E para federal, vai ser dificil eleger um deputado.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Atingidos pela Ficha Limpa podem esperar sentados

Como o Brasil sempre foi considerado o país do jeitinho, é até normal a esperança dos políticos ficha-suja em encontrar uma saída para continuar no páreo eleitoral desse ano. Rondônia, estado onde uma vasta gama de políticos estão barrados, sem o registro definitivo, como é o caso até do candidato a governador Expedito Júnior, a esperança desses personagens se lastreia na suposta vontade dos ministros do Supremo Tribunal Federal de declarar inconstitucional a lei complementar 135/2010 (Ficha Limpa).
Expedito Júnior e sua mulher Val Ferreira; Carlinhos Camurça, Natan Donadon, Ernandes Amorim e sua filha Daniela; a ex-prefeita Suely Aragão e todos os demais candidatos barrados com base na nova lei e que continuam a campanha na esperança de que as decisões do TSE serão reformadas pela suposta inconstitucionalidade da lei Ficha Limpa podem esperar sentados...
Veja o que disse uma fonte qualificada do blog: "É muito difícil, para não dizer praticamente impossível, o plenário do Supremo Tribunal Federal anular a súmula do  Tribunal Superior Eleitoral e decidir, como desejam os atingidos, pela inconstitucionalidade parcial da Lei da Ficha Limpa. Ela é uma lei  que se incorpora ao texto constitucional, como todas as leis complementares, já que elas completam e explicitam dispositivos permanentes da Carta Magna.
O que os politicos não querem compreender é que pelo artigo 121 da Constituição de 88, o Tribunal Eleitoral é a instância máxima das questões que envolvem e se desenvolvem em torno do voto e da urna. Exceção de casos que se refiram a dúvidas constitucionais. Mas que dúvida? Nenhuma. Pois esta, se houvesse, teria sido já ultrapassada pela súmula do mesmo TSE, a qual os alcançados pelo veto legal tentam torpedear.
Mas há ainda um argumento mais aclarador para demonstrar que o STF não vai agir para impedir a aplicação da Lei Ficha Limpa nesse ano. A declaração de inconstitucionalidade exige mais de seis votos favoráveis, sessenta por cento do plenário. E este, no momento, está composto por dez de seus onze ministros, conseqüência da aposentadoria recente de Eros Grau. Quase impossível obter 7 votos.
Continua, portanto, valendo as informações publicadas na coluna do blogueiro e no jornal IMPRENSA POPULAR. Expedito e todos os demais impugnados podem até continuar na campanha mas não nenhuma garantia de que seu esforço eleitoral terá alguma validade.

Comprando votos adoidado

O blog tem recebido informações de candidatos que estão comprando votos prá valer na região do 4 de Janeiro. Na verdade, essa malfada prática parece que continua no estado inteiro. Recentemente o deputado Ernandes Amorim fez uma denúncia nesse sentido. Se alguém está investigando o assunto ninguém sabe. De acordo com leitores de Imprensa Popular e desse blog tem candidato de todos os partidos oferecendo em torno de 50 reais a eleitores aos eleitores e outros mimos, como jogo de camisa, churrasco e bebidas. Alguém precisa lembrar ao eleitor que não é só a compra de votos que é crime. Quem vende também pode ser penalizado. E é preciso incentivar a denúncia sobre esses candidatos que distribuem dinheiro e presentes para eleitores.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Natan Donadon não virou ficha limpa

Donadon: sobrevida
Não passa de boato o que andou se espalhando nesse 15 de setembro nos meandros da política rondoniense. O deputado Natan Donadon, que concorrer à reeleição, não derrubou a Lei do Ficha Limpa, pela qual viu sua candidatura impugnada no TRE rondoniense.
Na lista do TSE o nome de Natan aparece como apto a disputar a eleição. Porém (e sempre tem um porém) com impugnação.
O que o deputado consegui foi uma decisão liminar do Superior Tribunal de Justiça que suspendeu (e não extirpou) a falta de registro de sua candidatura. Ora, é bom ficar claro que a decisão do TRE só poderá ser modificada no TSE. E quanto à constitucionalidade da lei do Ficha Limpa, somente o Supremo é quem vai decidir.
Na verdade, em linguagem popular, o que o deputado conseguiu até agora foi trocar seis por meia-dúzia.

Os evangélicos adoram a Senadora

De onde vem tanto estímulo à senadora Fátima Cleide na defesa dos interesses gay no Brasil? Essa é uma pergunta de difícil resposta. Afinal, amazônida e de família conservadora, a senadora petista deveria ter simancol para saber que eleitoralmente essa sua posição apaixonada pode ser igual a tiro no pé. Principalmente por que o eleitorado evangélico no estado é muito importante, pesando para a vitória ou a derrota política. Se tiver ouvido algum bizu de assessor apaixonado pelo tema, Fátima só vai descobrir o erro quando as urnas revelar a intransigência dos eleitores ligados à religião que, podes crer, não engole esse negócio de casamento entre pessoas do mesmo sexo e nem esse papo colorido do mundo gay.
Em Rondônia nem candidato acostumado a sentar na brachola deixa o armário para conquistar os votos de "suas" colegas. Pode até não ter vergonha de encantar cobra mas prefere se apresentar como candidato, mesmo sendo chamado de milionário... Dai, a vibrante defesa de Fátima dos princípios gay ser um perigo na conquista do voto das pessoas que acham isso perfeitamente natural, desde que na família dos outros.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Raupp falhou com o teatro mas faz promessa

Os artistas (??) rondonienses são como o povo do Brasil: tem memória curta. Pelo menos é o que se depreende do "release" enviado à imprensa pela assessoria de Valdir Raupp, candidato à reeleição para o Senado.
Pelo menos a atriz (??) de Porto Velho, Cristina Lagos - diz a matéria - está empolgada com o "interesse" de Raupp pela cultura local e, por isso, resolveu reunir os artistas no "Aquário Selva Hotel" para declarar apoio à campanha do Senador.
Não faltaram ao encontro algumas figurinhas carimbadas, como o Carlinhos Maracanã, um sujeito bon-vivan que se passa como "agitador cultural" e com isso sempre recebe "colaboração" do poder público para suas "produções" mambebes.
Ora, até parece que esse povo foi para o tal convescote estimulado a tirar alucinógenas conclusões. Como o caso do Teatro Estadual, obra paralisada desde o tempo que Valdir Raupp foi governador e somente agora, pelo esforço de Ivo Cassol, transformada numa realidade que certamente será inaugurada nos próximos meses.
Interessante é essa cascata do release, de que a atriz rondoniense é sucesso em São Paulo e Rio. Conversei com jornalistas da área de São Paulo e ninguém comprovou esse sucesso retumbante. É, deve ser mesmo coisa da eleição. Raupp certamente vai renovar seu mandato de Senador. Isso não apaga de seu currículo o fracasso de seu governo, não só com a derrocada na cultura mas também com o Beron e Ceron, patrimônios do Estado, que foram para o beleléu. E até hoje o tesouro do estado é sugado para pagar pela inominável irresponsabilidade.

Manobra para desconstruir João Cahulla

Ora, como acreditar numa pesquisa de um TV pertencente ao senador sem votos Acir Gurgacz. Certamente a pesquisa só foi divulgada para se tornar um produto utilizável na campanha de Confúcio Moura. Se os números não fossem favoráveis ao candidato do PMDB ao governo rondoniense, certamente ninguém ninguém saberia se a tal pesquisa foi mesmo realizada. Não se pode esquecer que o candidato a vice de Confúcio é tio do dono da TV. Agora até um apresentador da tal TV, que se convenceu que é artista de credibilidade, passou a apresentador do programa do candidato da casa. E pensar que antes da eleição o tal do Joarez Jardim contratou o moço como garoto propaganda, pagando certamente uma grana preta com o dinheiro do Detran...
Na verdade o pessoal ficou apavorado com a pesquisa do Ibope que mostrou a trajetória de crescimento de João Cahulla, liderando a preferência do eleitorado. A onda favorável a João Cahulla não parou e deve aumentar ainda mais com a decisão dos eleitores.

Fatos estranhos nessa eleição

A campanha de Israel Xavier, até recentemente um mero e mal pago professor,  é visivelmente uma das mais caras entre todos os candidatos a deputado federal. Israel é o candidato do prefeito Sobrinho, que encarnou o bambambã de Porto Velho. Certamente esse candidato do PT (sem pendores políticos conhecidos) está torrando um dinheiro totalmente acima das possibilidades de um mero servidor público. É muito estranho isso!
Outra coisa estranha: como é que uma família com praticamente todos os bens bloqueados pela Justiça consegue arrumar tanto dinheiro para colocar centenas de carros com caríssimos adesivos rodando o dia inteiro, num momento em que a gasolina não custa menos de R$ 1,73 o litro? Será que o Ministério Público eleitoral está olhando esses intováveis de perto? O cara pode até ser Jean, mas pelo volume visível da campanha para chegar à Assembléia Legislativa não tem nada de João Bobo. Ou bobos somos nós por acreditar que a lei deve valer prá todos?

Nunca deveria ter saido

Mais uma vez o PSOL rondoniense faz o papel de mero coadjuvante do processo eleitoral em Rondônia. Nas eleições anteriores o professor Adilson Siqueira chegou a agregar, com sua participação nas disputas majoritárias, valores à sigla, principalmente por ser o Adilson dono de uma loquacidade de homem culto, intérprete de valores filosóficos e com um ideário consentâneo com quem realmente espera um  país e um estado melhor.
Com todo o respeito que merece o professor Sussuarana, ele deveria não ter postulado e nem aceito a indicação para representar o partido na disputa pelo governo. A participação de Sussuarana como candidato a governador é um desastre. Sem nenhuma dose de preconceito, diria ao pessoal do PSOL que seria melhor deixar a vice falar ou até mesmo a presidente do partido. O senhor Sussuarana pode até estar prestando um serviço ao seu partido mas nada acrescenta à qualificação da democracia no nosso Estado.

Na competição com governo prefeito também anuncia CPA

Em 2012 o prefeito Roberto Sobrinho sai da ribalta e deve, como seus antecessores, cair na vala do esquecimento. Acontece que o prefeito da capital de Rondônia se julga hoje uma celebridade. Não da capital mas de todo o Estado. Sem mandato, ele quer ser lembrado por alguma coisa importante. Como não conseguiu fazer praticamente nada até hoje (as grandes obras no município ou são do governo federal ou do estadual) a não ser propaganda, anuncia agora a construção do Complexo Político Administrativo Municipal, tentando copiar o ex-governador Ivo Cassol que deu início às obras do CPA do estado, praticamente pronto no local onde antes estava a Esplanada das Secretarias. Esses dias o prefeito mandou interditar a obra colossal e também a do teatro estadual, por meras picuinhas políticas comuns no período eleitoral.
Como Roberto Sobrinho é conhecido como "O Lento" será um milagre concluir o seu projeto antes do término do seu mandato. Terá de ficar longe dos holofotes até 2014 quando possivelmente, se tiver coragem, poderá disputar o governo do Estado. Dizem que nessa altura do campeonato, quem tentará disputar a prefeitura da capital rondoniense é a Senadora Fátima Cleide (desempregada no senado) que ainda nem imagina como é terrível a vida de dorrotado eleitoral.
Se o prefeito decide copiar o governo (que está terminando o seu CPA), Fátima seguiu-lhe os passos, usando agora, na reta final da campanha, o slogan de Cassol: "A Senadora do Povo". Tais brincando!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Quem protege o jogo do bicho?

Recentemente - na primeira semana de setembro - o aparato de segurança rondoniense realizou uma grande operação de combate a caça-níqueis espalhados nos quatro cantos de Porto Velho. Muitas máquinas foram recolhidas pelos "agentes da lei". Afirma-se que essa modalidade de contravenção é comandada por um nissei que tem apoio de gente grande desse negócio lá de São Paulo. Muita gente pergunta porque só agora houve essa operação.


E sobre o jogo-do-bicho, outra contravenção normalmente ligada ao chamado crime organizado que é praticado livremente em centenas de pontos da cidade, por que há tanta tolerância? Quem cobra o pedário para manter essa contravenção numa boa?

Uma expectativa de bomba

Jornalistas bem informados e políticos que nos últimos anos andaram metendo os pés pelas mãos, usando cargos públicos e prestígio para fraudar o Erário, estão vivendo uma enorme expectativa do que deve acontecer com a vinda de mais de 150 policiais federais ao estado que, de acordo com informe, estariam aterrisando em Porto Velho, a capital rondoniense, no próximo dia 20. À boca pequena fala-se muito sobre prisões de gente importante, com nomes que estão na disputa eleitoral. Mas, claro, oficialmente ninguém confirma nada. Eu ouvi na manhã dessa segunda, dia 13, um joranalista comentando que a visita da PF deverá fazer muito mal à candidatura de uma figuraça que manda num órgão rondoniense importante.

Se o MP resolver investigar

Uma informação difundida no princípio dessa semana pela mídia, colocada sob o manto da interpretação marota da imprensa amestrada deixou muita gente preocupada, acreditando no fechamento de um acordo entre o prefeito de Porto Velho, o petista Roberto Sobrinho, e o Ministério Público Estadual, aumentando a blindagem do prefeito.

Na verdade a matéria saiu da assessoria de imprensa do prefeito. Foi elaborada no sentido de levar os leitores a acreditar que o Ministério Público do Estado de Rondônia teria elogiado a explanação do prefeito sobre aspectos das ações administrativas de sua gestão, num encontro entre o prefeito e procuradores estaduais que aconteceu por iniciativa do próprio burgomestre petista.

Na verdade, pelo que consta na nota da prefeitura, o procurador geral de Justiça, Ivanildo de Oliveira, ao términa do encontro, sempre segundo a nota da assessoria do prefeito, fez questão de parabenizar Roberto pela iniciativa própria de procurar o Ministério Público para explanações sobre sua gestão. Mas em nenhum momento o procurador elogiou os documentos e as contas que supostamente poderiam deixar o prefeito acima de qualquer suspeita. O MP não é uma instituição cega e surda para não ouvir o clamor do povo sobre as agruras a que está sujeito por viver numa Capital onde o prefeito não consegue nem mesmo acabar uma simples obra viária, como a da rua José Vieira Caulla.

É claro que uma autoriade que tem a obrigação de agir de forma isenta não deveria permitir a distorção tentada pelos assessores de comunicação do prefeito, dando a idéia de que realmente, a nível daquela instituição, está tudo dominado.

Ah, se os procuradores quiserem investigar como está sendo o rateio da grana destinada à sinalização do trânsito na capital rondoniense pelo consórcio das hidrelétricas podem ficar surpresos e retirar o elogia barato, mas que está sendo utilizado para garantir dividendos a este governo (??) que entrou pobre na prefeitura e deverá sair como mais um nababo da cidade.

É a idade...

Quando era jovem não imaginava que sofreria as limitações da idade provecta. Iniciei esse blog com a determinação de que faria postagens diárias até o resultado final das eleições. Mas não foi possível. Andei sofrendo problemas de saúde decorrentes, acho, da inexorável caminhada pelo tempo onde fui colecionando cada vez mais idade e cada vez mais problemas próprios dessa jornada, como dores nas articulações, algumas dormências e outros avisos que andaram me deixando sem vontade de fazer nada. Bem, mas estamos de volta nesse dia 13 de setembro, com novas postagens e com vontade de superar outros entraves e outras indisposições.

O jornalista e conselheiro do TCE, Rochilmer Mello da Rocha, falecido hoje (13).

Ah! por falar nisso, vai aqui os meus pêsames à família de Rochilmer Mello da Rocha, conselheiro aposentado do TCE com quem convivi um longo tempo, quando ele era apenas um brilhante jornalista d'A Tribuna, onde escrevia primorosos editoriais. O que pouca gente não deverá lembrar é que Rochilmer, antes de chegar ao cobiçadio cargo de conselheiro e antes de retornar a Rondônia formado em advocacia, foi um promissor repórter no Rio de Janeiro, trabalhando na casa Bloch ou, mais precisamente,  na revista Manchete. Que sua família se conforte, na certeza de que Rochilmer foi pródigo em bons exemplos, tanto no jornalismo como na vida pública.