sábado, 25 de setembro de 2010

Não mudou nada. Candidatura de Expedito continua sem registro

Quem assistiu o programa eleitoral de Expedito Júnior na noite da sexta-feira (24) viu o âncora Marcelo Bennesby abrindo aquela edição como se estivesse fazendo um "editorial" em relação ao julgamento da Lei do Ficha Limpa no Supremo Tribunal Federal (que não decidiu nada) e a erodida campanha do candidato tucano ao governo. Na verdade não houve preocupação em informar o eleitorado e sim mantê-lo no mesmo engano e na mesma confusão de grande parte do eleitorado do ex-senador cassado por compra de votos.
Nada mudou em relação à candidatura de Expedito Júnior. Ele continua enquadrado na Lei do Ficha Limpa como antes e pode, como já podia, continuar participando da disputa eleitoral.
Com relação ao voto em Expedito, o eleitor deve saber que ele pode realmente não valer nada se ao final o STF entender que a aplicação da Lei do Ficha Limpa valer para este ano. Esse é o caso que decidirá o desfecho da candidatura do ex-senador cassado.
O direito de disputar a eleição está mantido para Expedito Júnior. Só que ele disputa por conta e risco próprios. Mesmo se vier a ser diplomado, caso vença, e a Lei do Ficha Limpa for reconhecida como de aplicação já para este pleito, o ex-senador não poderá tomar posse. É simples deduzir-se daí que os votos dados ao candidato tucano praticamente não valem nada.
Diante do ocorrido no Supremo, há quase um consenso de que será adota a tese defendida pelo TSE de que a Lei do Ficha Limpa deve valer já, para as eleições desse ano.
Certamente este foi um dos motivos pelo qual Claudionor Roriz desistiu de concorrer ao governo do Distrito Federal, preferindo não esperar uma outra decisão do Supremo.
Expedito - que já sofreu um imenso desgaste pela fragilidade de sua candidatura - poderia seguir o mesmo caminho de Roriz mas não deve ter uma assessoria com condições de orientá-lo dentro da realidade.

NEM A MULHER
A situação do candidato do PSDB deve ser mais crítica do que a de Roriz. Afinal ele não poderia substituir seu nome pelo de sua mulher.
Val Ferreira, a mulher de Expedito, também sofre as mesmas restrições impostas por essa nova lei. Ela está disputando uma vaga na Câmara dos Deputados com uma candidatura impugnada. Os votos dados a Val Ferreira não serão contados se sua candidatura não obtiver o registro definitivo.
Aliás, em se tratando de PSDB, nem o presidente regional do partido conseguiu escapar dessas restrições. Talvez sobre Miguel de Souza, no caso da cúpula tucana decidir pela substituição de Expedito Júnior

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