terça-feira, 21 de setembro de 2010

Um debate de baixíssima audiência

Na falta de uma ferramenta capaz de medir a audiência do debate realizado na noite de segunda-feira pelas tvs do ex-deputado Everton Leoni, passei um bom tempo da terça-feira conversando com o máximo de pessoas para saber quantos viram o confronto dos candidatos ao governo rondoniense. Constato, após essa dura aferição, que o esforço da TV Candelária surtiu poucos efeitos em benefício do eleitorado rondoniense em termos de mais segurança na escolha do candidato em quem votar no próximo dia 3 de outubro.
A maior parte das pessoas a quem inquiri disseram não ter visto "quase nada" do debate, porque preferiram assistir o CQC na Band. Outros afirmaram ter desligado a televisão, pela falta de brilhantismo dos candidatos e pela chatice do coordenador interessado em desfilar um estrelismo que acha que tem.
Cada um dos participantes procuraram dizer exatamente aquilo que os eleitores gostariam de ouvir e até o Sussuarana, do PSOL, procurou parecer simpático aos telespectadores.
Não houve, na opinião da maioria das pessoas com quem falei, algum candidato que empolgasse a audiência. Os candidatos de "oposição" ficaram no foco das promessas, o que desagradou aos eleitores que não depositam credibilidade nos políticos.
Expedito Júnior (aparentando preocupação com o destino de sua candidatura no Supremo Tribunal Federal) voltou a insistir naquele negócio de infância pobre, como se isso fosse garantia para eleitores dispostos a acreditar nele.
Se nesse confronto alguém esperava ver um candidato colocando seus concorrentes numa sinuca de bico, acabou frustrado. Certamente foi possível perceber que tirando João Cahulla (candidato a reeleição) e Sussuarana - que não são, na acepção do termo, políticos profissionais - os outros três (todos com vários mandatos eletivos), Eduardo Valverde, Expedito Júnior e Confúcio Moura, são muito mais experientes nesse tipo de "reality show". Pena que tudo não passou, repito, de propostas genéricas embaladas em discursos soporíferos distantes da linguagem do povo.

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